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SAÚDE
Campanhas alertam sobre os riscos do medo social que a incontinência urinária provoca
Congresso derruba tabu da incontinência
AURELIANO BIANCARELLI
enviado especial a Dallas
Pelo menos 17 milhões de norte-americanos -e cerca de 10 milhões de brasileiros- fogem das
atividades sociais com medo de
uma repentina e incontrolável
vontade de urinar. A incontinência
urinária -que leva ao temor de fazer xixi nas calças em púbico- é
hoje uma das principais razões de
isolamento das pessoas.
Não precisava ser assim. A procura de um médico e o acesso à informação e a tratamentos hoje disponíveis podem reduzir ou pôr um
fim nesse tormento.
Para convencê-las a sair de casa e
a procurar ajuda médica, várias
instituições norte-americanas estão patrocinando campanhas na
mídia. "Você não está sozinho"
(You Are Not Alone) é o slogan de
uma série de ações lançada pela
AUA, sigla em inglês da Associação Americana de Urologia. Outro
programa -"Retome o controle.
É tempo de agir"- tem o apoio da
instituição e o patrocínio de duas
grandes fundações voltadas para
doenças urológicas.
A incontinência foi um dos temas mais abordados no congresso
anual da AUA que aconteceu em
Dallas (EUA), nesta semana.
Segundo os especialistas, médicos e pacientes estão superando as
barreiras para falar de temas como
impotência, mas os problemas da
bexiga hiperativa e da incontinência urinária continuam tabus.
A bexiga hiperativa -quando a
bexiga contrai fora de hora- é
uma das causas da incontinência
urinária e, embora possa ocorrer
em todas as idades, vai atingir mais
os homens idosos. Pesquisa feita
nos EUA com 528 mulheres e 486
homens mostrou que um em cada
quatro tinham experimentado sintomas desse problema.
Outras causas do descontrole
urinário podem ser de origem uretral, como a fraqueza do assoalho
pélvico e a fraqueza do esfíncter.
"Apenas uma pequena parcela dos
pacientes procuram ajuda médica", diz Luis Augusto Seabra Rios,
que se ocupa da urologia feminina
do Hospital do Servidor Púbico
Estadual, de São Paulo.
O jornalista
Aureliano Biancarelli viajou a convite do laboratório Schering Plough
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