São Paulo, terça-feira, 08 de junho de 2004

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PANORÂMICA

SAÚDE

Risco de infarto sobe 30% no inverno
O risco de infarto aumenta 30% durante o inverno, segundo estudo realizado pelo médico cardiologista Rodolfo Sharovsky, que atende no Incor (Instituto do Coração) e no Hospital Universitário da USP (Universidade de São Paulo).
Para chegar a essa conclusão, o médico levantou no banco de dados dos hospitais da capital paulista a causa das mortes por infarto de 12.007 pacientes. O período analizado é de 1997 a 1999.
Segundo Sharovsky, os grandes responsáveis pelo aumento no índice de infartos nesta época do ano são os extremos de temperatura e o aumento da poluição. "Tanto o frio como o calor extremo prejudicam quem sofre do coração. Doze porcento das 12.007 pessoas que estudamos tiveram suas mortes relacionadas aos extremos de temperatura", diz. A poluição, por sua vez, responde por 7% das mortes.
Segundo o cardiologista Luiz Antonio Machado Cesar, três fatores aumentam o risco de infarto nesta época. São eles: os vasos sanguineos ficam mais contraídos (o que facilita a obstrução das veias e artérias), as proteínas de coagulação ficam maiores e mais ativas (o que aumenta a possibilidade de coágulos nas coronárias) e há maior incidência de inflamações.
Segundo Sharovsky, no entanto, há como reduzir o risco. "Se a pessoa se agasalhar bem e se isolar do frio ela estará menos vulnerável", diz.
Em relação à poluição, segundo o médico, não há como fugir, principalmente moradores da capital ou das grandes cidades. Além disso, o estudo revela que os maiores prejudicados são os idosos e as pessoas que sofrem de hipertensão, diabetes ou colesterol ou são sedentários ou fumantes.


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