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PF intensifica coleta de sangue de parentes
Saliva e fios de cabelo estão também entre os materiais para realização de exames de DNA que poderão ajudar a identificar corpos
Não haverá, em princípio, deslocamento dos familiares para Recife, para onde os corpos são levados nos trabalhos de resgate
Diego Vara/"Zero Hora"
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Missa em Porto Alegre homenageia o cirurgião plástico Roberto Chem, sua mulher e filha; eles estavam no voo 447 da Air France
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RIO
Com a intensificação do resgate de corpos das vítimas do
acidente com o Airbus da Air
France, mais parentes procuraram a Polícia Federal ontem
para ceder materiais que serão
usados em exames de DNA.
Eles também preencheram
um questionário que pede características detalhadas dos
passageiros do voo 447.
Entre os que foram ao hotel
na Barra da Tijuca (zona oeste
do Rio), onde foi montado o
centro de atendimento às famílias, estavam dom Antônio de
Orleans e Bragança e dom Rafael, membros da família real
brasileira e, respectivamente,
pai e irmão do príncipe Pedro
Luiz de Orleans e Bragança, um
dos passageiros do voo.
Segundo os parentes, a identificação será feita com base
nos exames de DNA -por isso a
coleta, não obrigatória, de sangue, saliva ou fios de cabelo dos
familiares- e nas roupas e pertences dos mortos.
Posteriormente, as famílias
poderão ter acesso aos corpos.
Não haverá, em princípio, deslocamento dos parentes a Recife, para onde os corpos estão
sendo levados pela equipes.
Resgate doloroso
Mãe de Izabela Maria Furtado Kestler, professora de alemão na UFRJ (Universidade
Federal do Rio de Janeiro), Iza
Furtado Santana foi pela primeira vez ao hotel prestar informações à PF. Mas se disse
"muito nervosa". "Preferia que
a deixassem onde está, sem encontrá-la. É muito doloroso esse resgate", desabafou.
Como na véspera, cerca de 30
familiares passaram o dia reunidos no hotel.
"Acho que as pessoas estão ficando mais conformadas porque estão aparecendo cada vez
mais corpos", disse o advogado
Marco Túlio Moreno Marques,
que perdeu o pai e a mãe no acidente.
Comoção
Mas Maarten Van Sluys, irmão da funcionária da Petrobras Adriana Francisca Van
Sluijs, outra das vítimas, disse
que a comoção continua.
"Algumas pessoas choram,
pois ainda creem na perspectiva de encontrar os entes queridos. Outras recebem com resignação. Meu sentimento é de
que vamos ter muito mais informações sobre o que causou o
acidente", disse.
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