Bandidos de terno invadiram a relojoaria Rolex, após roubo de R$ 1,5 milhão em joias da Tiffany de shopping

Polícia ainda não sabe quanto foi levado da loja; criminosos ainda entraram na Montblanc, mas nada levaram de lá

DE SÃO PAULO

De nada adiantou o reforçou de oito seguranças após o assalto no último dia 16 à joalheria Tiffany & Co. do Cidade Jardim, o shopping das grifes na zona oeste de SP.
Vinte e três dias depois, ladrões voltaram a roubar o mesmo lugar com a mesma tática; o alvo da vez foi a relojoaria Rolex. Dez homens armados invadiram o shopping às 12h40, horário de pouco movimento -o local não tem praça de alimentação.
Um segurança do shopping foi rendido no anúncio do assalto e uma vendedora da loja foi feita de escudo pelos ladrões durante a fuga.
A Rolex fica ao lado de uma escadaria externa voltada para a marginal Pinheiros. Por essa saída de emergência, quatro homens -armados de pistolas, jovens, de terno e óculos escuros- fugiram com os relógios.
Não houve tiroteio, mas na fuga um tiro foi disparado para o alto. Segundo a polícia, para facilitar a dispersão.
Vendedores das lojas vizinhas e atendentes do balcão de informações que fica quase em frente à Rolex disseram que não houve tumulto nem correria durante o assalto, mas quem percebeu o roubo fechou as portas.
À tarde, o movimento era normal e só a relojoaria permanecia fechada.

DESPISTE
Os criminosos chegaram por diferentes entradas do shopping, para não chamar a atenção. Três dos quatro ladrões entraram na Rolex. Ao anunciarem o assalto, quebraram um dos mostruários.
Um quarto homem foi à loja de artigos de luxo Montblanc, que fica ao lado. Apesar de ter mandado vendedores encherem uma mochila com produtos da vitrine, ele a deixou para trás na fuga.
Para o delegado José Antônio do Nascimento, a manobra foi apenas um despiste.
Os outros seis criminosos ficaram dando cobertura aos demais integrantes do grupo.
"É uma quadrilha numerosa, de jovens que agem com rapidez. Temos um perfil anterior e vamos trabalhar com ele", disse o policial.
A ação foi gravada pelas câmeras de segurança do shopping. O delegado Nascimento diz que será mais fácil identificar os ladrões desta vez porque, apesar de estarem de óculos escuros, não estavam mascarados.
O valor dos produtos roubados não foi revelado pela loja, que deve reabrir amanhã. No roubo à Tiffany, ladrões levaram joias avaliadas em R$ 1,5 milhão.
Os relógios que estavam na vitrine custavam de R$ 14 mil a R$ 100 mil. Os mais caros, que passavam de R$ 160 mil, ficavam num cofre ou no estoque -só eram mostrados a pedido dos clientes.
Para o coronel da PM Wlamir Martim, que esteve no shopping após o roubo, há suspeita de colaboração de empregados da empresa de segurança ou de funcionários do Cidade Jardim.
Em nota, o Cidade Jardim disse ter reforçado a segurança após o roubo à Tiffany.
"O shopping sempre contou com forte esquema de segurança. Ainda assim, no último mês o efetivo de segurança foi substancialmente incrementado." (VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO e ANDRÉ CARAMANTE)


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