São Paulo, quarta-feira, 08 de junho de 2011

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Psicóloga é baleada por assaltante nos Jardins

Segundo testemunhas, vítima levou um tiro na boca ao gritar por socorro

Ladrão, que tentou roubar Rolex da vítima, foi morto pela Rota; crime aconteceu a 700 metros da delegacia


ROGÉRIO PAGNAN
DE SÃO PAULO

Uma psicóloga de 53 anos levou um tiro na boca durante um assalto na tarde de ontem na rua Melo Alves, nos Jardins, uma das regiões mais nobres de São Paulo.
Segundo testemunhas, a psicóloga Lia Leite Capasso foi baleada após gritar por socorro. Ela foi levada ao hospital e, segundo a família, não havia risco de morte.
Parentes disseram que Lia já havia sido vítima de outros assaltos e nunca reagiu.
O suspeito do roubo, Wagner da Silva Beserra, 26, foi morto minutos depois pela polícia após ser cercado num estacionamento na rua Chabad. O relógio levado de Lia, um Rolex, foi recuperado.
O crime ocorreu por volta das 14h a cerca de 700 metros do 78º DP (Jardins).
A psicóloga acabara de almoçar no restaurante Amsterdan e seguia em direção ao seu BMW -estacionado na rua a cerca de 50 metros- quando foi abordada.
"Eu escutei ela gritando socorro e depois ouvi um tiro. Quando olhei pela janela, vi o ladrão em cima dela, tirando o relógio", disse a doméstica Maria Vânia Laines da Cunha, 41. "Quando gritou socorro, sabia que era assalto. Por aqui é direto."
De acordo com o motoboy Bruno Alves de Oliveira, o disparo ocorreu após um pequeno desentendimento.
"Pensei que fosse um casal discutindo. Falei comigo: "Vou descer e dar uma capacetada nesse maluco". Então, ele puxou a arma e atirou no rosto dela, sem dó, para matar. Eu fiquei parado, impotente", afirmou ele.
Como o carro foi encontrado aberto, acredita-se que Lia tentava se soltar para entrar no veículo -que é blindado.
Após atirar no rosto da mulher e levar o relógio, o suspeito correu por uma rua próxima, onde se escondeu num estacionamento. O manobrista Joilson Souza Santos, 28, disse que o ladrão o ameaçou."Ele me disse: "se alguém perguntar, você não meu viu entrar aqui"."
O local foi cercado por PMs até a chegada da Rota que assumiu a busca do suspeito.
Esse tipo de policiamento especializado vem sendo empregado na região do Jardins há cerca de 15 dias diante do aumento da criminalidade.
De acordo com o tenente-coronel Paulo Adriano Telhada, os policiais atiraram "quatro ou cinco vezes" contra o suspeito após ele ter atirado primeiro. "Nós queríamos que ele se rendesse", disse o policial.


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