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Os quatro lutadores de jiu-jitsu autuados na terça-feira passada por atirarem com balas de borrachas em três travestis foram indiciados ontem por formação de quadrilha pela delegada Monique Vidal, da 16ª Delegacia da Barra da Tijuca (zona sul do Rio).
Eles prestaram depoimento depois de serem reconhecidos pela estudante J.,19. O grupo é acusado de ser responsável também por atirar com arma de ar comprimido contra ela no último dia 17, em um ponto de ônibus.
Caso sejam considerados culpados por mais essa agressão, os quatro já não poderão mais ser considerados réus primários no caso dos travestis, o que pode agravar a pena caso sejam julgados e condenados.
A delegada os indiciou por formação de quadrilha, e não por lesão corporal leve, como foi registrado na 13ª DP, responsável pela investigação do caso envolvendo os travestis.
O crime de formação de quadrilha prevê de um a três anos de detenção. Rafael Lima, 25, foi o primeiro a ser ouvido e não quis falar com os jornalistas. Seu advogado, Paulo Gadelha, disse que tem como provar que no dia da agressão Lima estava com a noiva.
Todos os outros acusados (Murilo Carvalho Neto, 22, Rafael Ramos, 19, e Roger Gracie, 18) também negaram a acusação.
O exame de corpo de delito feito pela estudante -que ainda apresenta as marcas das balas pelo corpo- deverá ser entregue hoje ou amanhã na delegacia.
Rafael Ramos afirmou em seu depoimento ter uma arma de paintball (usada em um jogo no qual se atira com balas de tinta) em casa.


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