LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

A UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) mostrará aos moradores de Porto Alegre, no próximo dia 15, o resultado concreto de um ambicioso programa de restauros: três prédios do início do século passado, que estavam em ruínas, retomaram as antigas formas. O valor utilizado na restauração (R$ 3 milhões) foi obtido por meio de doações ao longo de três anos.
Serão reinaugurados, no dia 15, os prédios do Observatório Astronômico, da rádio da universidade e do antigo curso de curtumes e tanantes, onde passará a funcionar o Museu Universitário. Todos os prédios têm estilo neoclássico, com características art nouveau e um grande valor histórico.
Além desses três prédios, outros oito estão prontos para passar pela restauração, no campus central da universidade e na Faculdade de Agronomia.
As obras do campus central, além de contribuir para a história, a educação e a cultura de Porto Alegre, atingem diretamente o seu aspecto urbanístico. O valor total das restaurações deve superar os R$ 10 milhões.
Os três prédios que já passaram pelo processo de restauração ficam perto da avenida Osvaldo Aranha, uma das vias mais importantes na ligação entre o centro da cidade e os bairros. A maior parte dos outros oito tem a mesma localização privilegiada.
A arrecadação de contribuições para o projeto começou em setembro de 1999. Pessoas físicas e jurídicas puderam participar. Quem contribuiu obteve deduções do imposto de renda, nos limites de 6% do devido para pessoas físicas e de 4% do devido para pessoas jurídicas. Correntistas do Banco do Brasil podem autorizar débito em conta. Outros interessados podem adquirir um carnê de contribuições mensais.

Detalhes
O prédio que abrigava o curso de curtumes e tanantes, por exemplo, foi construído em 1910 e, em ruínas, estava interditado. Agora, depois da completa restauração, passará a ter áreas climatizadas e abrigará o Museu Universitário.
O Observatório Astronômico, prédio inaugurado em 1908 que, até ser submetido à restauração, estava apinhado de infiltrações, contará com visitas agendadas para os interessados em utilizar seu equipamento óptico.
Já o prédio onde funcionava a rádio da universidade, construído em 1920, deixou de ser uma edificação desfigurada e teve sua estrutura também completamente restaurada, com doações da prefeitura e de pessoas físicas.



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