São Paulo, sexta-feira, 08 de agosto de 2008

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Jovem desaparecida vive com criminoso, diz informante de CPI

Governo da Paraíba determinou a reabertura de inquérito sobre o sumiço da estudante Andreza Costa, aos 19 anos

De acordo com fonte da CPI do Senado, Andreza mora com um comparsa do traficante Fernandinho Beira-Mar conhecido como "Geladeira"

CÍNTIA ACAYABA
DA AGÊNCIA FOLHA

O governo da Paraíba determinou ontem a reabertura de inquérito sobre o desaparecimento, há mais de dez anos, da estudante Andreza Costa.
Um informante da CPI da Pedofilia, em entrevista na terça-feira no Senado, disse que a estudante -que teria 29 anos hoje- está viva e mora com um homem ligado ao traficante Fernandinho Beira-Mar conhecido como "Geladeira".
O processo sobre o desaparecimento de Andreza estava arquivado desde 2005 por falta de provas contra os denunciados. A Secretaria da Segurança Pública da Paraíba vai definir qual departamento da Polícia Civil vai assumir o caso, e o Ministério Público afirmou que vai reabrir o processo.
Andreza está supostamente desaparecida desde janeiro de 1998, quando tinha 19 anos, depois do assassinato de seu namorado Alexsandro Fontinelli, que tinha 17 anos.
Segundo o pai de Andreza, o contador Sebastião da Costa, Alexsandro saiu da casa dos pais na noite de 16 de janeiro de 1998 para deixar a namorada na casa dela, em João Pessoa. A estudante não voltou.
A polícia foi acionada e fez buscas. Três dias depois, o corpo de Alexsandro foi encontrado em uma praia. Houve informações de que Andreza teria sido morta por assaltantes, mas o corpo nunca foi encontrado.

Festa
De acordo com o promotor Newton Vilhena, responsável pelo caso na época e que deve reassumi-lo, Andreza estudava educação física em uma universidade particular com uma das irmãs do traficante Fernandinho Beira-Mar.
"O casal foi a uma festa na casa da irmã de Beira-Mar na noite do crime. Um dos comparsas do traficante se apaixonou por Andreza. Então, o grupo resolveu matar o namorado dela", disse. Essa versão, segundo o promotor, está no processo.
Os acusados pelo crime, segundo o promotor, não eram ligados a Beira-Mar e foram absolvidos por falta de provas. "Foram bodes expiatórios", afirmou o promotor.
O pai de Andreza, que se encontrou ontem com o governador do Estado, Cássio Cunha Lima (PSDB), afirmou que sempre acreditou que ela estivesse viva. "Como você considera uma pessoa morta sem achar o corpo? Nunca perdi a esperança", disse.


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