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Jovem desaparecida vive com criminoso, diz informante de CPI
Governo da Paraíba determinou a reabertura de inquérito sobre o sumiço da estudante Andreza Costa, aos 19 anos
De acordo com fonte da CPI do Senado, Andreza mora com um comparsa do traficante Fernandinho Beira-Mar conhecido como "Geladeira"
CÍNTIA ACAYABA
DA AGÊNCIA FOLHA
O governo da Paraíba determinou ontem a reabertura de
inquérito sobre o desaparecimento, há mais de dez anos, da
estudante Andreza Costa.
Um informante da CPI da
Pedofilia, em entrevista na terça-feira no Senado, disse que a
estudante -que teria 29 anos
hoje- está viva e mora com um
homem ligado ao traficante
Fernandinho Beira-Mar conhecido como "Geladeira".
O processo sobre o desaparecimento de Andreza estava arquivado desde 2005 por falta de
provas contra os denunciados.
A Secretaria da Segurança Pública da Paraíba vai definir qual
departamento da Polícia Civil
vai assumir o caso, e o Ministério Público afirmou que vai reabrir o processo.
Andreza está supostamente
desaparecida desde janeiro de
1998, quando tinha 19 anos, depois do assassinato de seu namorado Alexsandro Fontinelli,
que tinha 17 anos.
Segundo o pai de Andreza, o
contador Sebastião da Costa,
Alexsandro saiu da casa dos
pais na noite de 16 de janeiro de
1998 para deixar a namorada na
casa dela, em João Pessoa. A estudante não voltou.
A polícia foi acionada e fez
buscas. Três dias depois, o corpo de Alexsandro foi encontrado em uma praia. Houve informações de que Andreza teria sido morta por assaltantes, mas o
corpo nunca foi encontrado.
Festa
De acordo com o promotor
Newton Vilhena, responsável
pelo caso na época e que deve
reassumi-lo, Andreza estudava
educação física em uma universidade particular com uma das
irmãs do traficante Fernandinho Beira-Mar.
"O casal foi a uma festa na casa da irmã de Beira-Mar na noite do crime. Um dos comparsas
do traficante se apaixonou por
Andreza. Então, o grupo resolveu matar o namorado dela",
disse. Essa versão, segundo o
promotor, está no processo.
Os acusados pelo crime, segundo o promotor, não eram ligados a Beira-Mar e foram absolvidos por falta de provas.
"Foram bodes expiatórios",
afirmou o promotor.
O pai de Andreza, que se encontrou ontem com o governador do Estado, Cássio Cunha
Lima (PSDB), afirmou que
sempre acreditou que ela estivesse viva. "Como você considera uma pessoa morta sem
achar o corpo? Nunca perdi a
esperança", disse.
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