da Reportagem Local

No Estado de São Paulo, o IML (Instituto Médico Legal) tem apenas um único aparelho de raio X e só dispõe de máquinas fotográficas na unidade central, que fica na zona oeste de São Paulo, segundo Antonio Aurélio de Carvalho Monteiro, presidente da Associação dos Médicos Legistas do Estado, que trabalha como plantonista no instituto.
"Estamos passando do século 19 para o século 20 somente agora", disse Monteiro, referindo-se à criação, em fevereiro, da Superintendência da Polícia Técnico-Científica, órgão hierarquicamente equivalente às Polícias Civil e Militar na estrutura da Secretaria da Segurança Pública.
Segundo Monteiro, a criação do órgão deve acarretar melhorias nos recursos do IML, mas, atualmente, a situação é precária.
"Algumas unidades do IML, como as de Ribeirão Preto e São José dos Campos, não têm nem mesmo necrotério. As necropsias são feitas em casinhas instaladas nos cemitérios das cidades."
O médico legista atribui parte dos problemas à falta de informações que são transmitidas pelos delegados, quando apresentam o cadáver ao médico.
"Existem centenas, milhares de casos nos arquivos em que o cadáver chega todo furado de bala e o delegado manda um telex informando "morte a esclarecer'. Qualquer um pode ver que a morte ocorreu por ferimentos a bala, mas os delegados não dão nem essa informação." (RV)



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