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"Sempre fica uma janela de esperança'
da Reportagem Local
Desde que sua filha desapareceu há quase seis meses, Cláudio
Fraenkel largou praticamente
tudo para se dedicar à busca de
Isadora, 18 anos. Pediu licença
do trabalho e passa os dias procurando pistas e fazendo contado com a polícia.
Formado em física, Fraenkel
diz que racionalmente sabe que
a filha foi morta. "Mas emocionalmente, sempre fica uma janela de esperança", disse. A seguir, o relato do administrador:
"Decidi reaparecer para deixar
claro que Isadora nunca conheceu Francisco e que ele também
nunca foi namorado dela. Ele
(Pereira) inventou essa história
para justificar os cheques sem
fundo que apareceram nas
mãos dele. Ela nunca falou em
Francisco, motoboy e nem patinador.
Isadora estava namorando um
rapaz chamado Artur, que conheceu durante as férias em
Itaúnas (ES). No dia do desaparecimento, nós conversamos
por telefone e combinamos de
sair à noite com o Artur.
Ela não ligou, mas só achei
que ela poderia ter mudado de
idéia. No dia seguinte, comecei
a ficar preocupado porque ela
não ligou até a hora do almoço.
Quando entrei no apartamento,
encontrei a carteira dela com os
documentos sobre o sofá e senti
um desconforto muito grande.
Achei que algo de muito ruim
tinha acontecido. A pior coisa
do desaparecimento é a dúvida.
Já passei por diversas fases. Perdi toda a minha rotina e a vida
vira um turbilhão.
É uma dor muito grande. E o
pior do desaparecimento é a dúvida. Embora acredite que o
pior aconteceu com Isadora, você não consegue fechar a porta.
Na razão, é muito claro. Mas
emocionalmente, sempre fica
uma janela de esperança.
Não quero fazer uma acusação
frontal ao motoboy porque não
é minha função. Acredito que
minha filha morreu dia 10 de fevereiro e quero que a polícia explique o desaparecimento."
(GN)
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