São Paulo, sábado, 8 de agosto de 1998

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Exame de balística é principal prova

da Reportagem Local

A principal prova da Procuradoria Geral de Justiça contra o promotor Igor Ferreira da Silva em relação ao assassinato de sua mulher, a advogada Patrícia Aggio Longo, é um exame de balística feito pela perícia do IC (Instituto de Criminalística).
O exame, feito com um microscópio eletrônico, comparou cápsulas de balas disparadas de calibre 380 encontradas na casa de Igor com duas cápsulas achadas ao lado do corpo de Patrícia.
O microscópio comparou a marca deixada pelo cão (espécie de gatilho) na cápsula, ao dispará-la. Cada arma deixa uma marca única, como uma impressão digital, nas cápsulas que dispara.
Com o exame, os peritos do IC chegaram à conclusão de que uma mesma arma disparara as 43 balas de calibre 380 achadas na casa de Igor e as duas que estavam ao lado da mulher, na picape do casal.
Outro laudo foi sobre o paletó de Igor. No dia do crime, 4 de junho passado, a polícia requisitou a roupa do promotor para examiná-la a fim de tentar achar vestígios de cobre ou de chumbo.
A presença de partículas desses metais indiciaria que o dono da roupa havia disparado recentemente uma arma de fogo. Mas, segundo a perícia, em vez de entregar à polícia o paletó azul-marinho que vestia, ele deu à polícia um outro, preto.
Com fotos e imagens de vídeo do promotor no dia do crime, a perícia concluiu que o paletó entregue também tinha um corte diferente.



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