São Paulo, domingo, 08 de setembro de 2002

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PLANTÃO MÉDICO

Estudo mostra proteção que a circuncisão dá ao homem

JULIO ABRAMCZYK

Estudos realizados há muitos anos mostraram que crianças submetidas à circuncisão (retirada cirúrgica de uma pequena prega de pele que recobre a glande peniana) logo após o nascimento, como ocorre entre os judeus, estatisticamente têm poucas chances de desenvolver câncer de pênis quando adultos.
Em outras religiões, quando a circuncisão é realizada em meninos ao redor dos sete ou oito anos de idade, o problema já surge, mas ainda em pequena proporção. A grande maioria de portadores de câncer peniano (que estatisticamente em relação aos outros tipos de câncer ocupa um dos últimos lugares) está entre os homens que possuem prepúcio.
Um novo estudo sobre a circuncisão, realizado por pesquisadores de Chicago, EUA, foi publicado no "American Journal of Pathology" deste mês. A pesquisa mostra que as camadas internas do prepúcio são mais susceptíveis à infecção pelo HIV que a camada externa do prepúcio ou a mucosa do aparelho genital feminino.
Segundo o médico Bruce Patterson, patologista especializado em vírus e um dos paticipantes da pesquisa, a fina camada de queratina na porção interna predispõe o prepúcio à infecção, em comparação com face externa da pele que recobre a glande.
O que não quer dizer que os cincuncisados estão livres da Aids: sem camisinha, a infecção pelo HIV pode ocorrer através da mucosa uretral ou em pequenos ferimentos imperceptíveis na pele do órgão.

TOSSE SECA CRÔNICA

Cera no ouvido tem a culpa
De 1832 (há 170 anos) até o mês passado, foram poucos os casos relacionando tosse seca crônica (sem catarro) com cera no ouvido. Por isso Frank Jegoux e médicos do Serviço de Otorrinolaringologia de Nantes, França, relataram no "The Lancet" que a remoção do cerúmen no ouvido de um paciente acabou com a tosse crônica, que era causada por estímulo do nervo de Arnold.

TEMPERATURA

Método infra-vermelho tem restrições
A avaliação da temperatura corporal pela termometria infra-vermelha no ouvido, por sua facilidade em crianças, tem sido usada com frequência. Mas Jean V. Graig e colaboradores do Instituto de Saúde da Criança da Universidade de Liverpool sugerem evitar esse método quando a temperatura corporal deve ser acompanhada com precisão.



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