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São Paulo, segunda-feira, 08 de setembro de 2003

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VIOLÊNCIA

Luzia de Souza era diretora de uma instituição

Freira é presa no Rio sob acusação de maltratar crianças em abrigo

ELVIRA LOBATO
DA SUCURSAL DO RIO

A freira Luzia Helena de Souza, 50, ex-diretora do Instituto Secular das Irmãs Missionárias Nossa Senhora de Fátima, de São Gonçalo (região metropolitana do Rio), foi presa na última sexta-feira acusada de maltratar meninas pobres que vivem no abrigo mantido pela congregação.
A entidade mantém 24 meninas internas e 60 meninos e meninas em regime de externato.
A freira foi denunciada por crime de tortura pelo Ministério Público, acusada de aplicar castigos físicos às internas, obrigando-as a dormir em pé no corredor e a ficar de joelhos sobre grãos de milho. Teria também quebrado a clavícula de uma menina e doado uma outra criança sem autorização judicial.
A prisão preventiva da freira foi determinada pela juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo. A religiosa foi presa após audiência no fórum.
A atual diretora do instituto, irmã Severina Mesquita, que substituiu a freira Luzia no início do ano, disse que as acusações partiram de seis crianças e de 12 mães. Ela não negou as acusações, mas procurou minimizá-las, qualificando-as de "futricas" e "palhaçadas" de crianças.
Segundo a diretora, as acusações de maus-tratos surgiram no início do ano e, desde então, a freira está sob tratamento médico e psicológico, sendo acompanhada ainda por assistente social.
Irmã Severina disse que a congregação apenas afastou a freira da direção do instituto. A superiora-geral da congregação, irmã Dálida Oliveira, vive em Araruama (RJ) e não falou sobre o caso.


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