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VIOLÊNCIA
Luzia de Souza era diretora de uma instituição
Freira é presa no Rio sob acusação de maltratar crianças em abrigo
ELVIRA LOBATO
DA SUCURSAL DO RIO
A freira Luzia Helena de Souza,
50, ex-diretora do Instituto Secular das Irmãs Missionárias Nossa
Senhora de Fátima, de São Gonçalo (região metropolitana do
Rio), foi presa na última sexta-feira acusada de maltratar meninas
pobres que vivem no abrigo mantido pela congregação.
A entidade mantém 24 meninas
internas e 60 meninos e meninas
em regime de externato.
A freira foi denunciada por crime de tortura pelo Ministério Público, acusada de aplicar castigos
físicos às internas, obrigando-as a
dormir em pé no corredor e a ficar de joelhos sobre grãos de milho. Teria também quebrado a
clavícula de uma menina e doado
uma outra criança sem autorização judicial.
A prisão preventiva da freira foi
determinada pela juíza Patrícia
Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo. A religiosa foi
presa após audiência no fórum.
A atual diretora do instituto, irmã Severina Mesquita, que substituiu a freira Luzia no início do
ano, disse que as acusações partiram de seis crianças e de 12 mães.
Ela não negou as acusações, mas
procurou minimizá-las, qualificando-as de "futricas" e "palhaçadas" de crianças.
Segundo a diretora, as acusações de maus-tratos surgiram no
início do ano e, desde então, a
freira está sob tratamento médico
e psicológico, sendo acompanhada ainda por assistente social.
Irmã Severina disse que a congregação apenas afastou a freira
da direção do instituto. A superiora-geral da congregação, irmã Dálida Oliveira, vive em Araruama
(RJ) e não falou sobre o caso.
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