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LEGISLATIVO
Partidos aliados do governo avaliam que comando da Casa deve ser mais independente; vereador do PL é cotado
PT pode perder a presidência da Câmara
DA REPORTAGEM LOCAL
Com as mudanças na bancada
do PT na Câmara Municipal, vereadores da base governista pretendem pleitear a presidência da
Casa no ano que vem. O nome
mais cotado entre os aliados para
concorrer ao posto mais alto do
Legislativo local é Antônio Carlos
Rodrigues, líder do PL.
Para um dos governistas que
apóia Rodrigues, mas que preferiu não se identificar, está na hora
de a Câmara ter um presidente
mais "independente". Além do
PL, PMDB e PTB também têm
chances de disputar a vaga. "Temos um grupo, não vou tomar
posição nenhuma antes de consultá-lo", afirmou Rodrigues.
Sem o atual presidente, José
Eduardo Cardozo, que está no
posto pelo segundo ano consecutivo, e outros nomes fortes do PT,
como o ex-líder do governo José
Mentor -um dos principais articuladores da prefeita Marta Suplicy na Câmara- e o presidente
do Diretório Municipal do PT,
Ítalo Cardoso, não há opções fortes no partido para o cargo.
Entre os petistas "antigos", apenas Carlos Neder e atual o líder do
governo, Arselino Tatto, devem
permanecer na Casa. Os outros
oito vereadores do PT estão em
sua primeira legislatura. Mas Tatto talvez não abra mão da liderança pela presidência.
"Não estou sabendo de nenhuma articulação para a presidência,
estou preocupado com os projetos da prefeita. Eu defendo que a
presidência tem que ficar com a
maior bancada da Câmara, que é
o PT. Como líder, devo me preocupar com a reeleição de Marta."
Trator
A eleição de José Mentor para
deputado federal deixará a prefeita sem seu principal escudeiro na
Câmara. Apelidado de "trator",
Mentor conseguiu aprovar os
principais projetos do Executivo
nos dois primeiros anos de governo. Tido com um forte articulador, ele obteve apoio para aprovar
projetos polêmicos como o Plano
Diretor e as subprefeituras.
Com a sua saída, Tatto deve ganhar força na Câmara. Dos 7 novatos, 6 são ligados ao governo. A
exceção é Odilon Guedes, que deve aliar-se a Neder e Nabil Bonduki, vereadores que não apóiam incondicionalmente o governo.
"Vou ter uma bancada muito
boa, que vai substituir à altura os
companheiros que estão aí. Essas
pessoas que virão são da mais alta
confiança e da mais alta qualidade, são militantes históricos do
partido", disse Tatto.
O próximo presidente da Câmara será eleito em dezembro e
assume o posto no ano que vem.
De herança, ele receberá de Cardozo a conclusão da reforma administrativa da Casa, principal
bandeira do petista.
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