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São Paulo, quarta-feira, 08 de outubro de 2003

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URBANISMO

Projeto, chamado de condomínio-parque, prevê pista de cooper, quadras, posto policial e creche; BID financiará obra

Marta vai reestruturar favela no centro

DA REPORTAGEM LOCAL

Um conjunto habitacional rodeado por um parque de 123 mil m2, com pista de cooper, quadras, posto policial e creche. Essa será a descrição, dentro de alguns meses, do local onde hoje fica a favela do Gato, segundo projeto apresentado pela Prefeitura de São Paulo na noite de ontem.
"É um novo modelo de intervenção em favelas, que chega com tudo o que é preciso para a população se reestruturar", disse a prefeita Marta Suplicy (PT), no evento em que firmou uma parceria com o grupo hoteleiro Accor para a construção de um CEI (Centro de Educação Infantil), no local.
A favela, localizada no Bom Retiro (centro), reúne 396 famílias à beira do rio Tamanduateí. Para transformá-la em um condomínio-parque, como anunciado, serão necessários R$ 12 milhões -pagos com recursos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
A meta é entregar a obra no segundo semestre do próximo ano. Durante esse período, alguns moradores permanecerão em seus barracos e outros serão temporariamente transferidos para alojamentos ao lado do local.
Para ocupar as novas unidades habitacionais (486 apartamentos, em prédios de quatro andares), as famílias entrarão no programa de Locação Social, no qual a parcela cobrada é calculada conforme a renda familiar.
Segundo o secretário da Habitação, Paulo Teixeira, a principal novidade do projeto é a integração de programas sociais, culturais e de geração de renda ao processo de urbanização da favela.
Além do parque, o condomínio contará com um posto policial, outro de primeiros-socorros e um centro comercial. O Centro Esportivo Municipal, que abriga o Estádio de Beisebol Mie Nishi, será reformado. O projeto também inclui orientação para que os catadores de papel que moram na favela se agreguem à cooperativa da Central de Triagem da Sé ou no projeto Boracea.

Creches
Um CEI com capacidade para 200 crianças de zero a seis anos será construída em parceria com o grupo Accor no Brasil. A creche custará cerca de R$ 1,2 milhão e deve ser concluída até agosto do próximo ano.
A parceria foi firmada com a Ticket, uma das unidades de negócio do grupo Accor, por meio do Fundo Municipal da Criança e do Adolescente (Fumcad). Pela lei, as empresas podem deduzir do imposto de renda o valor investido em obras sociais desde que essa dedução não ultrapasse 1% do valor do imposto.
A prefeitura já realizou, via Fumcad, parceria com a Telefônica e com o grupo Safra para a construção de duas outras creches, em Pirituba (zona norte de São Paulo). (AMARÍLIS LAGE)


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