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MINISTÉRIO PÚBLICO
Procurador-geral centraliza operações de PMs do Gaeco
ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL
O procurador-geral de
Justiça de São Paulo, Fernando Grella Vieira, decidiu
centralizar as ações de todos
os policiais militares designados para prestar serviços
nas investigações do Gaeco
(Grupo de Atuação Especial
de Repressão ao Crime Organizado), órgão do Ministério Público Estadual.
Atualmente, o Gaeco tem
um destacamento de 18 PMs
para a realização de operações especiais e eles atuam
conforme a necessidade dos
promotores, sem nunca precisar da autorização de Grella. Segundo promotores, esses policiais militares são de
extrema confiança.
A partir de agora, os PMs
irão depender de autorização da Secretaria Executiva
do Gaeco, órgão criado em
junho. Serão 24 policiais
-seis a mais do que hoje. E
esses PMs serão comandados por um tenente da corporação. Por questões hierárquicas, o comando-geral
da Polícia Militar saberá das
operações dos policiais do
Gaeco.
Hoje, quando uma ação do
Gaeco é realizada no Estado
para, por exemplo, prender
um policial ou criminosos de
alguma facção, os promotores acionam diretamente esses PMs - compartilhando
com eles várias informações
privilegiadas.
Somente na região de
Campinas, entre 2007 e
2008, cerca de 30 policiais
(militares e civis) foram alvos de ações do Gaeco. Em
junho deste ano, o Gaeco de
Guarulhos foi responsável
pela prisão de investigadores
e três delegados da Polícia
Civil acusados de falsificar e
vender CNHs (Carteira Nacional de Habilitação).
O temor de promotores
ouvidos ontem pela Folha é
que, antes de iniciada alguma operação importante, a
informação acabe vazando.
O procurador-geral afirmou, por meio de sua assessoria, que a centralização é
necessária para ter um controle do trabalho dos PMs
junto ao Gaeco. Sua assessoria informou ainda que, apesar da mudança, os PMs não
deverão ser substituídos.
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