São Paulo, quinta-feira, 08 de novembro de 2007

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Celisina de Almeida Rosa, 105

WILLIAN VIEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Celisina de Almeida Rosa viveu mais de um século solteira, sempre para cima e para baixo com sua sacolinha de costura e nunca reclamando de "ter ficado para titia" -em uma época em que não casar ou ter filhos era vergonha na família.
Pois ela pouco ligava para a idade. Contam as sobrinhas que, certa vez, tendo participado de uma pesquisa da Unifesp sobre visão na terceira idade, destacou-se tanto que acabou entrevistada pelo "Fantástico" e batendo papo com Ana Maria Braga.
Sua memória, diz a família, era também invejável, mesmo depois dos 100 anos -dom que ela gastava acompanhando a vida de seu ídolo, o apresentador de jornal William Bonner. Sabia o nome de seus filhos trigêmeos e acompanhava, nas revistas de fofoca, as entrevistas de Fátima Bernardes.
Celisina nasceu e viveu parte da vida em Pinheiros. Contava que sua família, os Almeida Rosa, era das mais antigas do bairro. Foi sempre costureira e com esse dinheiro sustentou-se até a aposentadoria, que passou viajando com amigas da igreja.
Mais velha entre três irmãos, com eles morou até que morressem. Viveu então com as quatro sobrinhas, que, no ano passado, a internaram em uma casa de repouso após sofrer um derrame cerebral.
Morreu no dia 30, de uma pneumonia, aos 105 anos, em São Paulo.


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