São Paulo, segunda-feira, 08 de novembro de 2010

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Falta de espaço atrapalha prova de matemática

DE SÃO PAULO

No segundo dia de Enem, quem não se beneficiou pela liberação do lápis teve problemas em encontrar espaço para resolver as 45 questões da prova de matemática.
Como já havia ocorrido no sábado, alunos não tiveram grandes dificuldades para usar lápis, borracha ou relógio, apesar de a proibição oficial ter sido mantida.
Para Gregório Krikorian, professor de matemática do Objetivo, quem não pôde reaproveitar o parco espaço usando lápis e borracha pode ter sido prejudicado.
"Embora muitas questões fossem conceituais, faltou rascunho", avalia Eduardo Izidoro, professor do Cursinho da Poli, para quem a prova teve nível mediano.
"Tive que usar o espaço do rascunho da redação para fazer as contas de matemática. Já a redação, fiz na carteira", conta Beatriz Santos, 17.
O tema desenvolvido na carteira, sobre o trabalho na construção da dignidade, não deve ter trazido surpresas aos alunos, dizem professores ouvidos pela Folha.
"É um tema concreto, ligado ao cotidiano", diz Eclícia Pereira, do Cursinho da Poli.
Célio Tasinafo, diretor do Oficina do Estudante lembra que propostas parecidas já apareceram nos vestibulares da Unesp, da Unifesp e da Fuvest. "O tema foi explorado inclusive pelo próprio Enem, na prova de 2005."
Na prova de linguagens e códigos, a exigência ficou mesmo para a interpretação de texto. "Sentimos falta de questões de literatura, e gramática também ficou de fora", diz Cristiane Bastos, professora do Cursinho da Poli.
Para Nelson Dutra, do Objetivo, os enunciados não estavam curtos, conforme prometido pelo MEC, e algumas questões eram exigentes. "Na questão sobre o Impressionismo, o aluno tinha que saber técnica de pintura."
Além de questões sobre artes, a prova de linguagens contou com perguntas que trabalhavam a questão do corpo, da dança e do esporte.
Em língua estrangeira, que estreou nesta edição, houve predomínio de compreensão de texto em inglês e em espanhol. Mas, entre alunos que não tinham conhecimento prévio, se deu melhor quem optou por espanhol.
"Para quem nada sabia de língua nenhuma, o portunhol ajudou", diz Alcinéa Trinchão, professora de espanhol do Cursinho da Poli.


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