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ANTONIO APARECIDO FLORES DE OLIVEIRA (1939-2008)
A militância de um ex-preso político
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Todas as terças-feiras, Flores costumava ir ao prédio da
Secretaria da Justiça de SP,
no centro da capital, para encontrar colegas. Assim como
os demais participantes das
reuniões, Antonio Aparecido
Flores de Oliveira foi preso
durante a ditadura militar.
A primeira manifestação
de que participou na vida, como lembram os amigos de
partido, foi em 1954 e não
acabou nada bem: botou fogo
na bandeira dos EUA e acabou preso. Seria detido em
inúmeras outras oportunidades -e torturado, inclusive.
Saiu do Brasil, viveu um
tempo como exilado político
na França, retornou ao país e
beneficiou-se da anistia.
Chegou a ser indenizado.
Natural de Boa Esperança
do Sul, a 301 km da capital,
foi vice-presidente do sindicato dos metalúrgicos do Estado. Em sua vida de militante, ajudou a fundar duas organizações com a social-democracia no nome: a SDS
(Social Democracia Sindical), da qual foi secretário por
vários anos, e o PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), criado em 1988.
Fez parte do partido até
quinta, quando morreu aos
69, de infarto fulminante.
Antes, havia passado pelo
PCB (Partido Comunista
Brasileiro) e pelo MDB (Movimento Democrático Brasileiro). Segundo colegas, Flores era sempre consultado
por lideranças tucanas sobre
questões envolvendo movimentos sociais. Um de seus
orgulhos era ter feito parte
da comissão que criou o 13º.
Deixa viúva, filho e neta.
obituario@grupofolha.com.br
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