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Força Nacional irá policiar 19 pontos de rodovias do RJ
De 500 a 600 homens irão patrulhar trechos de rodovias federais e estaduais, incluindo divisas com outros Estados
As tropas poderão começar a chegar já na semana que vem para atuar na operação, que tem o início previsto para até o final deste mês
DA SUCURSAL DO RIO
Entre 500 e 600 homens da
Força Nacional de Segurança
Pública policiarão 19 pontos de
rodovias federais e estaduais
espalhados pelo território fluminense. Os trechos incluirão
as divisas com outros Estados
do Sudeste, segundo a Secretaria de Segurança do Rio.
As tropas poderão começar a
chegar já na semana que vem. A
operação -chamada Divisa Integrada- deve ter início até o
final deste mês.
Um dos pontos policiados será a saída para São Paulo pela
rodovia Presidente Dutra, em
Resende (sul fluminense). O
secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame,
afirmou que pelo menos cem
policiais da Força deverão
atuar só neste local.
A tropa federal também terá
efetivos em dois pontos da rodovia Rio-Santos, entre as cidades de Angra dos Reis e Paraty
(sul fluminense). Na divisa com
Minas Gerais, os integrantes
serão espalhados por oito pontos. Entre o Rio e o Espírito
Santo, haverá tropas em cinco
locais. Os demais pontos estão
no interior do Estado.
Tanto a Força como as polícias Militar e Civil do Rio, Federal e Rodoviária Federal terão a incumbência de revistar e
prender suspeitos por tráfico e
uso de armas e drogas, recapturar fugitivos e coibir o roubo de
veículos e de cargas. A fiscalização, entre outros encargos, caberá às receitas Estadual e Federal e às prefeituras. Por enquanto, a Força não atuará nas
fronteiras marítimas.
A secretaria não detalhou
quantos homens atuarão em
cada ponto. Segundo a pasta, isso deverá ser decidido hoje à
tarde, em uma reunião do Gabinete de Gestão Integrada. O secretário Beltrame não informou quando a tropa chegará ao
Rio e disse não saber precisar
ainda o tempo que deverá durar
a Divisa Integrada.
Segundo ele, a intenção é
prolongar a ação até os Jogos
Pan-Americanos, que começam em julho. A Folha apurou,
no entanto, que a operação não
terá caráter permanente e pode ser desmobilizada ou recomeçar a qualquer hora.
Crime organizado
O combate à aliança entre as
facções criminosas PCC (Primeiro Comando da Capital) e o
CV (Comando Vermelho) também estará entre as atribuições
da Força, segundo a secretaria.
O secretário afirmou que integrantes dos dois grupos continuam se comunicando e marcam encontros pessoais no Rio
e em São Paulo para negociar
armas e drogas e também para
planejar ações criminosas. A
Força ajudará a impedir a troca
de informações entre eles.
O governo do Rio solicitou à
União a vinda das tropas após a
série de ataques na região metropolitana no final do ano, que
deixou 12 inocentes mortos.
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