São Paulo, terça-feira, 09 de janeiro de 2007

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Força Nacional irá policiar 19 pontos de rodovias do RJ

De 500 a 600 homens irão patrulhar trechos de rodovias federais e estaduais, incluindo divisas com outros Estados

As tropas poderão começar a chegar já na semana que vem para atuar na operação, que tem o início previsto para até o final deste mês


DA SUCURSAL DO RIO

Entre 500 e 600 homens da Força Nacional de Segurança Pública policiarão 19 pontos de rodovias federais e estaduais espalhados pelo território fluminense. Os trechos incluirão as divisas com outros Estados do Sudeste, segundo a Secretaria de Segurança do Rio.
As tropas poderão começar a chegar já na semana que vem. A operação -chamada Divisa Integrada- deve ter início até o final deste mês.
Um dos pontos policiados será a saída para São Paulo pela rodovia Presidente Dutra, em Resende (sul fluminense). O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, afirmou que pelo menos cem policiais da Força deverão atuar só neste local.
A tropa federal também terá efetivos em dois pontos da rodovia Rio-Santos, entre as cidades de Angra dos Reis e Paraty (sul fluminense). Na divisa com Minas Gerais, os integrantes serão espalhados por oito pontos. Entre o Rio e o Espírito Santo, haverá tropas em cinco locais. Os demais pontos estão no interior do Estado.
Tanto a Força como as polícias Militar e Civil do Rio, Federal e Rodoviária Federal terão a incumbência de revistar e prender suspeitos por tráfico e uso de armas e drogas, recapturar fugitivos e coibir o roubo de veículos e de cargas. A fiscalização, entre outros encargos, caberá às receitas Estadual e Federal e às prefeituras. Por enquanto, a Força não atuará nas fronteiras marítimas.
A secretaria não detalhou quantos homens atuarão em cada ponto. Segundo a pasta, isso deverá ser decidido hoje à tarde, em uma reunião do Gabinete de Gestão Integrada. O secretário Beltrame não informou quando a tropa chegará ao Rio e disse não saber precisar ainda o tempo que deverá durar a Divisa Integrada.
Segundo ele, a intenção é prolongar a ação até os Jogos Pan-Americanos, que começam em julho. A Folha apurou, no entanto, que a operação não terá caráter permanente e pode ser desmobilizada ou recomeçar a qualquer hora.

Crime organizado
O combate à aliança entre as facções criminosas PCC (Primeiro Comando da Capital) e o CV (Comando Vermelho) também estará entre as atribuições da Força, segundo a secretaria.
O secretário afirmou que integrantes dos dois grupos continuam se comunicando e marcam encontros pessoais no Rio e em São Paulo para negociar armas e drogas e também para planejar ações criminosas. A Força ajudará a impedir a troca de informações entre eles.
O governo do Rio solicitou à União a vinda das tropas após a série de ataques na região metropolitana no final do ano, que deixou 12 inocentes mortos.


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