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Metrô adia entrega de 3 estações da linha 4
Previsão agora é que as estações Luz, República e Pinheiros só sejam concluídas em 2010, ano em que Serra deve ser candidato
As outras 3 estações que compõem essa fase, Butantã, Faria Lima e Paulista, continuam prometidas para 2009
ROGÉRIO PAGNAN
ALENCAR IZIDORO
DA REPORTAGEM LOCAL
Inicialmente programada
para dezembro deste ano e depois transferida para o segundo
semestre de 2009, a primeira
etapa da linha 4-Amarela do
metrô de São Paulo sofreu novo
adiamento, desta vez parcial.
Pelo menos metade das seis estações previstas nessa etapa só
será entregue no início de 2010,
ano em que o governador José
Serra (PSDB) pretende concorrer ao Palácio do Planalto.
Na lista das obras que vão demorar mais dois anos para serem concluídas estão as estações Luz, República e Pinheiros. Esta última, porém, deve
sofrer mais um adiamento por
conta das investigações da polícia e da Promotoria sobre o acidente ocorrido em janeiro de
2007, que matou sete pessoas.
O canteiro de obras continua
embargado e a retomada do
trabalho não deve ocorrer antes de março, segundo a Promotoria.
Luz e República integrarão
as estações já existentes de
mesmo nome. A primeira tem
maior expectativa diária de
passageiros (196.340) e fará a
integração com a linha 1-Azul
(Jabaquara-Tucuruvi).
A República fará a integração
com a linha 3-Vermelha (Corinthians/Itaquera-Palmeiras/
Barra Funda) e deve atender
159.650 pessoas.
As outras três estações -Butantã (21.290), Faria Lima
(34.400) e Paulista (167.010)-
são prometidas pelo Metrô para novembro de 2009.
A linha vai da Luz à Vila Sônia
(179.640) e tem 12,8 quilômetros. O custo da obra é de cerca
de R$ 2 bilhões, corrigidos.
A nova projeção de entrega
da linha 4 deve ser anunciada
hoje pelo Metrô.
Motivos
O Consórcio Via Amarela,
responsável pelas obras, aponta dois motivos para o atraso:
demora do Estado para liberação de áreas desapropriadas e,
também, a paralisação das
frentes de trabalho após o acidente que matou sete pessoas
em Pinheiros em janeiro do
ano passado.
Em fevereiro de 2007, porém, após assinar o termo de
compromisso com o Ministério
Público Estadual para suspender as obras, Metrô e consórcio
admitiam a possibilidade de
atraso em mais dois meses, mas
mantinham o cronograma de
entrega para 2009.
A liberação das frentes de
trabalho ocorreu 53 dias além
da previsão inicial. A linha 4 é
considerada uma das armas do
tucano para agregar votos.
Além de multiplicar o número de eventos de inauguração, a
entrega de três estações em novembro de 2009 também servirá para os ajustes finais antes
da liberação das estações com
maior previsão de público.
Desde o ano passado, pessoas
ligadas às obras apontavam
despreocupação com a data da
entrega da primeira etapa, desde que não ultrapassasse 2010 e
o calendário de Serra.
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