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No ES, câmera "big brother" dá bronca
Monitorado por PMs, sistema, que estreou em Serra, filma e reproduz mensagens nos alto-falantes
Instalada a seis metros de altura, câmera gira em 360º e tem zoom que focaliza a 2 km de distância; prefeitura prevê mais 5 até março
PABLO SOLANO
DA AGÊNCIA FOLHA
"Avisamos aos presentes que
suas imagens estão sendo gravadas e poderão ser utilizadas
pela Polícia Militar". A mensagem é veiculada de meia em
meia hora na praia de Jacaraípe, em Serra, na região metropolitana de Vitória (ES).
Lá funciona o "monitoramento tagarela": uma câmera
instalada em um poste, com
dois alto-falantes acoplados. O
equipamento funciona desde
sábado e é operado por oito
PMs, em uma central. A câmera, instalada a 6 m de altura, gira em 360º e tem zoom capaz
de focalizar a 2 km de distância.
Um deles é o sargento Claudison Barbosa. Ele recorreu ao
áudio do sistema quando percebeu um casal suspeito se
aproximando de bicicletas encostadas. Presumiu que os donos das bicicletas estivessem
próximos e pediu que eles se dirigissem aos veículos. A dupla
suspeita se afastou em seguida.
O "tagarela" também faz advertências na linha "gentileza
urbana". Barbosa diz que viu
um homem pisando na grama e
disse: "Pedimos a colaboração
para não pisarem na grama".
Ao perceber o pedestre sair da
área, outra mensagem: "Muito
obrigado por sua colaboração".
O homem sorriu e acenou.
Segundo o sargento, o sistema já foi usado para repreender
motoristas em local proibido e
pais desatentos aos filhos brincando. A prefeitura prevê outras cinco câmeras até março,
quando acaba o contrato. O sistema também está nos planos
da Prefeitura de Vitória, onde
há uma "tagarela" em teste.
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