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Grupo é preso com lista de agentes prisionais
Suspeitos estavam na região oeste do Estado de São Paulo, onde estão as penitenciárias que abrigam os chefes de facção
Polícia suspeita que grupo
se preparava para ataque
em represália ao isolamento
de integrantes do PCC;
acusados negam acusações
CRISTIANO MACHADO
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA
Três homens foram presos
anteontem à noite na rodovia
Raposo Tavares, em Anhumas
(560 km de SP), com uma lista
com nome, endereço e telefone
de 20 agentes penitenciários do
oeste paulista, região de prisões
ocupadas por líderes do PCC
(Primeiro Comando da Capital). A polícia suspeita que eles
poderiam ser alvo de ataques.
Segundo Marcos Mourão,
delegado seccional de Presidente Prudente (SP), dois presos eram da capital. O outro, da
região oeste do Estado, seria
responsável pela lista e pelo repasse de dados sobre a rotina
dos agentes. "Eles estavam aqui
para cometer algum crime, que
não sabemos ainda qual é."
A polícia havia identificado
que dez nomes da lista são de
funcionários do presídio de
Presidente Bernardes, onde vigora o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) e estão alguns dos principais chefes do
PCC, como Marco Willians
Herbas Camacho, o Marcola.
Remanejamento
Para a polícia, segundo a Folha apurou, o possível ataque
seria represália contra o remanejamento, na terça, de presos
na penitenciária 2 de Presidente Venceslau (620 km de SP).
Por ordem da direção da unidade, chefes do PCC seriam
isolados, o que gerou tumulto.
Anteontem, presos acusados de
comandar o movimento foram
transferidos para Bernardes.
Douglas Leonardo Ferreira,
25, Marcelo Martins Barbosa,
32, e José Geraldo de Souza, 35,
foram presos sob acusação de
formação de quadrilha. Eles
negaram as acusações. Ferreira, que tinha a lista no bolso,
disse que era a relação de pessoas que lhe devem dinheiro.
Ferreira e Barbosa têm passagens pela polícia por roubo e
homicídio. Ferreira é de Presidente Prudente e Barbosa e
Souza, de São Paulo.
De acordo com o delegado,
no final da tarde de ontem, ele
se encontrou na rodovia Raposo Tavares com Barbosa e Souza, que chegavam de São Paulo.
"Ao perceber que estava sendo
seguido, ele deixou os outros
dois, que entraram no carro e
foram em direção a São Paulo.
A Polícia Militar fez o cerco."
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