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São Paulo, domingo, 09 de março de 2003

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Falta setor de inteligência ao Ibama

DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

A falta de um serviço de inteligência é apontada pelo próprio Ibama como uma das deficiências no combate à biopirataria na Amazônia.
"Nós temos vários suspeitos e informações, mas, por falta de um serviço de inteligência, não conseguimos interceptar os carregamentos", disse Adilson Cordeiro, chefe da fiscalização do Ibama no Amazonas.
Como a maior parte dos flagrantes ocorre no aeroporto, o Ibama assinou convênio com a Infraero, que administra os aeroportos, para que seus agentes acompanhem o embarque de vôos internacionais.

No aeroporto
Desde os anos 80, o Ibama e a Polícia Federal tinham informações do envolvimento do ex-pesquisador norte-americano Milan Hrabovsky com a biopirataria.
Ele teve uma passagem conturbada pelo Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) como estagiário, entre 1984 e 1989. Na época, foi acusado de biopirataria de besouros.
No entanto ele só foi preso e multado -em R$ 5.000- depois da acusação de adquirir produtos e objetos de origem vegetal sem autorização do Ibama.
Ele foi pego pelo aparelho de raios X da Infraero no aeroporto, que detectou sementes de uma planta nativa em sua bagagem.
As sementes eram de andiroba, que tem alto valor comercial na indústria de cosméticos e farmacêuticos.
Em 2001, o Ibama multou, também em R$ 5.000, o pesquisador alemão Ulrich Gerharb Friedhelm. Mas quem deu o flagrante foi a Infraero.
Na bagagem, o pesquisador levava 20 caixas (de 20 centímetros cada uma) com milhares de formigas vivas e fungos associados. O destino das formigas era o laboratório da Universidade do Texas (Estados Unidos). (KB)


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