São Paulo, sábado, 09 de abril de 2005

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DESBUROCRATIZAÇÃO

Setor de edificações também mudará; planos incluem criar curso livre de ambiente

Serra anuncia saída da Prodam do Ibirapuera para ampliar museu

FABIO SCHIVARTCHE
CONRADO CORSALETTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Em um balanço dos primeiros cem dias de seu governo, o prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), afirmou ontem que removerá dois órgãos municipais que funcionam dentro do parque Ibirapuera (zona sul), um dos mais movimentados da cidade. A idéia é aumentar a área de lazer.
Um deles é a Prodam, a companhia de processamento de dados do município, que desde 1976 ocupa os dois pisos do pavilhão Engenheiro Armando de Arruda Pereira, prédio de 11 mil m2 que abriga cerca de 800 funcionários.
Nesse local o prefeito quer "abrir novo espaço cultural", conforme disse em seu discurso. A idéia é ampliar as atuais instalações do MAM (Museu de Arte Moderna) e do MAC (Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo), que ficam a cerca de 300 metros de lá.
A assessoria da Prodam diz que ainda não sabe para onde a empresa deverá ser transferida. Uma opção é levá-la para o centro.
O outro órgão que mudará é a Edif, o departamento de edificações da prefeitura, que funciona no outro extremo do parque, na entrada da av. Quarto Centenário, num prédio de 2.300 m2 onde trabalham 134 funcionários.
Nesse terreno deverá ser erguida a Universidade Aberta do Meio Ambiente e da Cultura da Paz -espécie de centro cultural, sem vestibular.
Segundo o secretário do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge, os prédios da Prodam e do Edif serão incorporados ao parque ainda neste ano. A longo prazo a idéia é também anexar ao Ibirapuera o espaço hoje ocupado pelo Detran (Departamento de Trânsito de São Paulo), do outro lado da avenida Pedro Álvares Cabral.
O Detran é um órgão estadual e sua incorporação depende de uma negociação com o governador Geraldo Alckmin (PSDB).
A utilização dos prédios da Prodam e do Edif pelo parque estavam previstos no plano diretor do Ibirapuera, proposto há uma década por Oscar Niemeyer, que liderou o grupo de arquitetos que projetaram o parque, em 1954, em comemoração ao quarto centenário da cidade de São Paulo.
O ex-secretário do Verde Adriano Diogo disse achar improvável que as transferências ocorram. "São pelo menos R$ 20 milhões para isso", afirmou.


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