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DESBUROCRATIZAÇÃO
Setor de edificações também mudará; planos incluem criar curso livre de ambiente
Serra anuncia saída da Prodam do Ibirapuera para ampliar museu
FABIO SCHIVARTCHE
CONRADO CORSALETTE
DA REPORTAGEM LOCAL
Em um balanço dos primeiros
cem dias de seu governo, o prefeito de São Paulo, José Serra
(PSDB), afirmou ontem que removerá dois órgãos municipais
que funcionam dentro do parque
Ibirapuera (zona sul), um dos
mais movimentados da cidade. A
idéia é aumentar a área de lazer.
Um deles é a Prodam, a companhia de processamento de dados
do município, que desde 1976
ocupa os dois pisos do pavilhão
Engenheiro Armando de Arruda
Pereira, prédio de 11 mil m2 que
abriga cerca de 800 funcionários.
Nesse local o prefeito quer
"abrir novo espaço cultural", conforme disse em seu discurso. A
idéia é ampliar as atuais instalações do MAM (Museu de Arte
Moderna) e do MAC (Museu de
Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo), que ficam a
cerca de 300 metros de lá.
A assessoria da Prodam diz que
ainda não sabe para onde a empresa deverá ser transferida. Uma
opção é levá-la para o centro.
O outro órgão que mudará é a
Edif, o departamento de edificações da prefeitura, que funciona
no outro extremo do parque, na
entrada da av. Quarto Centenário,
num prédio de 2.300 m2 onde trabalham 134 funcionários.
Nesse terreno deverá ser erguida a Universidade Aberta do
Meio Ambiente e da Cultura da
Paz -espécie de centro cultural,
sem vestibular.
Segundo o secretário do Verde e
Meio Ambiente, Eduardo Jorge,
os prédios da Prodam e do Edif
serão incorporados ao parque
ainda neste ano. A longo prazo a
idéia é também anexar ao Ibirapuera o espaço hoje ocupado pelo
Detran (Departamento de Trânsito de São Paulo), do outro lado da
avenida Pedro Álvares Cabral.
O Detran é um órgão estadual e
sua incorporação depende de
uma negociação com o governador Geraldo Alckmin (PSDB).
A utilização dos prédios da Prodam e do Edif pelo parque estavam previstos no plano diretor do
Ibirapuera, proposto há uma década por Oscar Niemeyer, que liderou o grupo de arquitetos que
projetaram o parque, em 1954, em
comemoração ao quarto centenário da cidade de São Paulo.
O ex-secretário do Verde Adriano Diogo disse achar improvável
que as transferências ocorram.
"São pelo menos R$ 20 milhões
para isso", afirmou.
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