São Paulo, domingo, 09 de abril de 2006

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Americana veio por causa de amiga

DA REVISTA DA FOLHA

Os EUA planejam colocar em ação um audacioso plano do presidente George W. Bush de invadir a Venezuela para tirar do poder a maior ameaça à democracia latino-americana, Hugo Chávez. Pelo país vizinho, as tropas norte-americanas vão chegar e dominar a Amazônia.
Não se trata de uma ação mirabolante conduzida pelo Pentágono. "O "roubo" da floresta pelas tropas americanas é dado como certo por alguns brasileiros, que me perguntam quando isso vai acontecer", conta a nova-iorquina Sara Joanna Gould, 21, há dois meses no Brasil.
Em suas andanças pelo mundo, a estudante de relações internacionais na PUC tem escutado os mais diferentes tipos de retórica antiamericana, principalmente após o 11 de Setembro, mas jamais algo tão disparatado como em São Paulo, afirma. "Respeito e compreendo a opinião das pessoas contrárias às políticas norte-americanas", diz ela. "Só que, por mais absurda que a teoria pareça, é mais uma contribuição para eu entender como o mundo vê os Estados Unidos", explica.
Filha de uma administradora de rádio e de um psicólogo de Nova York, Sara estudou na Bélgica e na Espanha, antes de entrar na faculdade de Washington. Durante o curso superior, morou seis meses em Paris, cinco em Lima e outros três em Buenos Aires. Fala francês e espanhol com fluência e "se vira" no português.
"Conheci uma brasileira, filha de baiano com espanhola, quando eu tinha uns três ou quatro anos", lembra. "Voltamos a nos encontrar dividindo o quarto na faculdade, aos 18 anos. Ela se tornou uma das minhas melhores amigas. Como sempre falava muito do Brasil, acabou despertando a minha curiosidade."
O que pesou na decisão de vir para São Paulo? "A importância do país na América Latina."


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