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Americana veio por causa de amiga
DA REVISTA DA FOLHA
Os EUA planejam colocar em
ação um audacioso plano do presidente George W. Bush de invadir a Venezuela para tirar do poder a maior ameaça à democracia
latino-americana, Hugo Chávez.
Pelo país vizinho, as tropas norte-americanas vão chegar e dominar
a Amazônia.
Não se trata de uma ação mirabolante conduzida pelo Pentágono. "O "roubo" da floresta pelas
tropas americanas é dado como
certo por alguns brasileiros, que
me perguntam quando isso vai
acontecer", conta a nova-iorquina Sara Joanna Gould, 21, há dois
meses no Brasil.
Em suas andanças pelo mundo,
a estudante de relações internacionais na PUC tem escutado os
mais diferentes tipos de retórica
antiamericana, principalmente
após o 11 de Setembro, mas jamais
algo tão disparatado como em
São Paulo, afirma. "Respeito e
compreendo a opinião das pessoas contrárias às políticas norte-americanas", diz ela. "Só que, por
mais absurda que a teoria pareça,
é mais uma contribuição para eu
entender como o mundo vê os Estados Unidos", explica.
Filha de uma administradora de
rádio e de um psicólogo de Nova
York, Sara estudou na Bélgica e na
Espanha, antes de entrar na faculdade de Washington. Durante o
curso superior, morou seis meses
em Paris, cinco em Lima e outros
três em Buenos Aires. Fala francês
e espanhol com fluência e "se vira" no português.
"Conheci uma brasileira, filha
de baiano com espanhola, quando eu tinha uns três ou quatro
anos", lembra. "Voltamos a nos
encontrar dividindo o quarto na
faculdade, aos 18 anos. Ela se tornou uma das minhas melhores
amigas. Como sempre falava
muito do Brasil, acabou despertando a minha curiosidade."
O que pesou na decisão de vir
para São Paulo? "A importância
do país na América Latina."
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