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Ventos provocam ondas de até 4 metros
Ciclone extratropical deve deixar o mar agitado até sábado; ressaca está mais forte também no litoral de SP e no sul do país
Ontem, mar invadiu área próxima ao aeroporto Santos Dumont; na baía de Guanabara, eram esperadas ondas de até 1,5 metro
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS
CAMPOS
DA SUCURSAL DO RIO
O vento provocado por um
ciclone extratropical no oceano
aumentou ontem a frequência
e o tamanho das ondas em toda
a orla do Estado do Rio. O SMM
(Serviço Meteorológico Marinho) emitiu um aviso de ressaca com previsão de ondas com
altura entre 2,5 m e 4 m até sábado. Na baía de Guanabara,
eram esperadas ondas de até 1,5
m na noite de ontem.
A ressaca é a rebentação de
grandes ondas no litoral. No
centro do Rio, o mar invadiu a
rua Sylvio de Noronha, onde fica a Escola Naval. A rua é vizinha ao aeroporto Santos Dumont, mas a pista não foi afetada e o aeroporto funcionou
normalmente.
A Barcas S.A, empresa que
opera quatro linhas na baía,
suspendeu às 7h da manhã o
trajeto Charitas-Praça 15, que
liga a região de Niterói ao centro do Rio. Até a conclusão desta edição, as condições do mar
ainda não tinham permitido a
retomada das operações.
Para Paulo Rosman, professor de engenharia oceânica da
UFRJ (Universidade Federal
do Rio de Janeiro), a ressaca
tem sido maior do que o normal. Mas ela, isoladamente,
não deve atrapalhar o escoamento das águas na cidade.
No Norte fluminense, a estação de Campos registrou ondas
de 2,5 metros.
O vento sopra forte em alto
mar devido à ação de um ciclone extratropical, que está a
aproximadamente 2.000 km de
Santa Catarina. O mesmo processo colabora para que os ventos fortes e as temperaturas
baixas permaneçam também
em São Paulo.
Riscos
De acordo com a Marinha,
ainda há risco de ressaca no litoral do Paraná e de Santa Catarina. Nesses Estados, o mar
deve continuar agitado.
Ontem, choveu bastante na
Bahia. Em Salvador, a prefeitura decidiu suspender as aulas
da rede pública em razão do
temporal.
Em Prado (sul do Estado),
uma pessoa morreu e 500 deixaram suas casas.
Além do Nordeste, a região
Norte também deve registrar
chuva forte entre hoje e amanhã, principalmente no Pará e
no Amapá, além de parte do
Amazonas e de Roraima.
Incerto
"Nessas regiões, podemos ter
um acumulado significativo de
chuva", diz o meteorologista
Luiz Kondraski, do Cptec.
"Mas não é possível saber a
quantidade de chuva."
O meteorologista afirma que
a frente fria que passou por São
Paulo e Rio, e hoje se encontra
no oceano, contribui para aumentar as chances de chuva no
Norte e no Nordeste, pois carregou umidade do interior do
continente para as regiões.
No Sul e Sudeste do país, o
tempo permanece instável até
o final de semana, com chances
de chuvas isoladas principalmente no litoral de São Paulo e
do Paraná, onde o tempo deve
ficar mais fechado. Nas outras
regiões, o sol pode aparecer durante o dia.
(Colaboraram MATHEUS MAGENTA ,
da Agência Folha em Salvador, e
GUILHERME GENESTRETI )
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