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CLÁUDIO CÉZAR PACINI (1950-2010)
O santista que não perdia um jogo do time
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Por volta dos 18 anos, Cláudio Cézar Pacini começou a
jogar bola num time organizado por um banco em São
Paulo. Era futebol de salão.
Nos jogos, o rapaz foi fazendo
contatos e, por meio de amigos, acabou conseguindo um
emprego no banco. Foi trabalhar com análise financeira.
Paulistano, neto de italianos que se instalaram na região do Vale do Paraíba, Cláudio cursou o técnico em administração de empresas. Passou pela Duratex, uma fabricante de louças e metais sanitários do grupo Itaú, na área
de vendas e, atualmente, era
autônomo, fazendo serviços
no setor de embalagens.
O gosto pelo futebol permaneceu. Em 1974, casou-se
com Maria Lúcia, o que não
intimidou os amigos de pelada. Eles continuaram indo
até sua casa para buscá-lo. O
que o tirou das brincadeiras
foi o físico mesmo.
Torcedor fanático do Santos, não perdia um jogo. No
domingo de Páscoa, foi a uma
festa de aniversário, mas sumiu a certa altura. Deixou para a família o documento e as
chaves do carro e um bilhete:
tinha ido para casa ver a partida do seu time. Estava muito
feliz com o desempenho da
equipe, conta a mulher.
Cláudio era brincalhão e
gostava de dançar em casamentos. Em casa, preparava
comidas italianas, como macarronadas e pizzas.
Na madrugada de segunda,
aos 59, sofreu um infarto e
não resistiu. Deixa viúva e
três filhos. A missa de sétimo
dia será no domingo, às 17h,
na igreja Imaculada Conceição, em SP.
coluna.obituario@uol.com.br
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