São Paulo, segunda-feira, 09 de maio de 2011

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Conselho estuda tombamento de área no Itaim Bibi

Prefeitura afirma que, mesmo com abertura de processo, vai seguir com plano de vender terreno em troca de creches

Moradores recolheram 10 mil assinaturas para vetar projeto; prefeitura afirma que negócio vai render até 200 unidades

DE SÃO PAULO

Mesmo com a abertura do processo de tombamento de um quarteirão no bairro do Itaim Bibi, a gestão Gilberto Kassab vai prosseguir com sua intenção de vender a área para o setor privado.
De acordo com a prefeitura, não existe nenhum tipo de conflito. As duas ações podem correr em paralelo.
A área em questão, em local nobre da zona oeste paulistana, tem 20 mil metros quadrados. O terreno fica entre as ruas Cojuba e Salvador Cardoso, avenida Horácio Lafer e rua Lopes Neto.
A decisão do Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado) de começar a analisar o tombamento do local é de abril. E conta com o apoio de moradores do bairro.
No quarteirão, existem vários equipamentos públicos instalados. Creche, escola estadual, escola municipal, teatro, biblioteca, posto de saúde, centro de atenção psicossocial e unidade da Apae (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais).

IMÓVEL
Enquanto a decisão pelo tombamento não sai -e não existe um prazo definido para isso-, o terreno pode até ser vendido, mas toda a área, e os prédios que existem nela, não pode sofrer nenhum tipo de alteração.
A intenção do prefeito Gilberto Kassab, anunciada em dezembro, é desativar a Apae da Horácio Lafer.
Vender o terreno, por meio de licitação, e, com isso, usar o dinheiro para construir 200 creches em outros locais da cidade. O que daria para atender, pelas contas de Kassab, 32 mil pessoas.
O projeto, que ainda não está detalhado, também precisa da aprovação da Câmara Municipal paulistana.
Os moradores do entorno da área em questão são contra a venda. Segundo eles, existem muitas pessoas que dependem diretamente das escolas, creches e demais serviços públicos que existem em todo o quarteirão.
Nos últimos meses, eles fizeram vários protestos para tentar barrar a intervenção no bairro. E conseguiram recolher mais de 10 mil assinaturas contra o projeto.


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