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Colegas temem imagem negativa
DA SUCURSAL DO RIO
Instrutores de vôo na pedra da
Gávea, em São Conrado (zona sul
do Rio), antigos colegas de Marco
Archer Cardoso Moreira criticaram-no por ter levado cocaína para a Indonésia. Para eles, o caso
pode associar o esporte ao tráfico
de drogas e criar uma imagem negativa da categoria.
"Isso foi uma coisa dele. O que
não quero é associar a imagem de
voador a isso. Há muito tempo ele
não freqüentava aqui", disse Bruno Menescal, presidente da Associação Brasileira de Vôo Livre.
Um instrutor que se identificou
apenas como Toledo e que disse
ter convivido superficialmente
com Moreira considerou o episódio "triste por envolver o esporte
com o tráfico".
O assistente de vôo livre Carlos
Alberto Silva dos Anjos, 27, que
trabalha na pedra da Gávea, disse
ter sido preso por dois meses na
Indonésia, acusado de estuprar
uma norueguesa em Bali.
Anjos afirmou que foi inocentado em exame de corpo de delito,
mas que, mesmo assim, pagou
propina de US$ 20 mil para sair
da prisão. "O índice de corrupção
na Indonésia é muito alto. Ou se
dá tanto ou morre na cadeia."
Segundo ele, a quantia foi negociada por um intermediador com
o chefe de polícia local, "que sorriu e agradeceu ao receber o dinheiro". Anjos afirma ter recebido ajuda de brasileiros radicados
em Bali e de uma australiana de
quem chegou a ficar noivo depois
e que lhe teria pagado a passagem
de volta ao Rio de Janeiro.
(VQG)
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