São Paulo, sábado, 09 de junho de 2007

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Alagoas aluga leito particular para pôr fim à lotação de PS

SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA

A Justiça de Alagoas deu prazo de 48 horas para que a Prefeitura de Maceió e o Estado resolvam o problema de superlotação na Unidade de Emergência Armando Lages, único pronto-socorro da capital.
Até ontem à tarde, 46 pacientes já haviam sido transferidos para outros hospitais públicos ou privados, segundo a promotora Cecília Carnaúba, do Ministério Público Estadual. O prazo dado pela Justiça termina hoje à tarde.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde do Estado, o governo de Alagoas e a prefeitura da capital irão "alugar" 240 leitos por mês da rede privada e filantrópica.
Serão gastos R$ 480 mil por mês, sendo R$ 360 mil pelo Estado e R$ 120 mil pela prefeitura. A medida só entrará em vigor na próxima semana, após publicação no "Diário Oficial".
Na segunda-feira, um grupo de promotores fez uma vistoria na Unidade de Emergência. "Havia 20 pacientes deitados em colchões no chão de um centro cirúrgico, além de muitas macas pelos corredores. Com a superlotação, a limpeza e a salubridade fica comprometida. O ar não circula pelos corredores", disse Carnaúba.
Após a visita, o Ministério Público entrou com uma ação cautelar na Justiça pedindo a transferência de 60 pacientes internados no local.
A superlotação da Unidade de Emergência de Maceió foi agravada pela greve dos médicos da rede pública estadual, iniciada há 13 dias. A paralisação suspendeu o atendimento em cinco ambulatórios que faziam atendimento de emergência na periferia da capital. O presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas, Wellington Galvão, disse que o atendimento na Unidade de Emergência não foi reduzido. Segundo ele, as negociações com o governo estão paradas.
O problema de superlotação na rede pública de Alagoas é recorrente. Em abril, a Justiça federal deu 90 dias para que o Estado implante 21 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal para atendimento de pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde). Foram registrados seguidos casos de superlotação das UTIs neonatal das duas maternidades que atendem gestantes de alto risco e bebês prematuros no Estado.


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