|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CRIME
Eles haviam rompido o relacionamento havia dois meses; crime aconteceu no interior de danceteria do Itaim Bibi
Policial mata a ex-noiva a tiro e se suicida
da Reportagem Local
O agente policial Josimar Vieira
Cavalcanti, 31, matou sua ex-noiva Ruth Pereira, 23, e se suicidou
com um tiro na cabeça após vê-la
com outro homem no meio de
uma danceteria no Itaim Bibi (zona sudoeste de São Paulo).
Antes de se matar, ele teria pedido a atual namorada, a gerente comercial Eliana Kosloski, 25, que
cuidasse de sua mãe e de seu irmão. Eliana o acompanhava no
momento do crime.
Eles estavam namorando havia
15 dias. Mas o policial não teria esquecido a ex-noiva. Segundo testemunhas, ele continuava procurando Ruth e a teria ameaçado.
De acordo com elas, o agente policial não se conformava com o
fim do romance e teria dito que,
após matá-la, iria se suicidar.
Cavalcanti e Ruth foram noivos
durante dois anos. Chegaram a
morar juntos, mas a união não
deu certo. Separaram-se. "Mesmo assim, às vezes saíam", disse o
chefe e amigo do agente policial, o
investigador Lindoarte Neto.
Anteontem à noite, o agente saiu
com a namorada atual. Foram a
uma choperia no Tremembé (zona norte). De lá, ele atravessou a
cidade até a danceteria Espaço
899, o antigo Lambar, na rua Joaquim Floriano, no Itaim Bibi.
"Não sei o que o levou a ir atrás
da ex-noiva", afirmou o chefe. De
acordo com ele, por volta das 0h20
de ontem, Cavalcanti atendeu a
uma ligação no telefone celular de
um policial com quem trabalhava
no 78º Distrito Policial.
"Eles combinaram de se encontrar hoje (ontem) de manhã na delegacia, pois iam prender um homem", disse Neto. Segundo ele,
em nenhum momento o agente
deixou que o colega percebesse
que havia algo de errado.
"Ele até brincou ao telefone",
disse. Cavalcanti chegou ao Espaço 899 com a atual namorada. Depois de ver Ruth com outro homem, fez o pedido a Eliana e a deixou dizendo que ia ao banheiro.
O agente estava seguindo a
ex-noiva, uma auxiliar de escritório. Ruth havia ido ao banheiro.
Quando ela saiu, conversaram.
Então, ele sacou a pistola calibre
7,65 mm e disparou. A bala acertou a cabeça de Ruth, que caiu.
Imediatamente, Cavalcanti
apontou contra a própria cabeça e
apertou o gatilho. Houve correria
na danceteria, que estava lotada,
embora os sons dos tiros tivessem
sido abafados pela música.
O local foi examinado pela perícia, que encontrou as duas cápsulas das balas que foram disparadas
pelo agente policial. A pistola foi
apreendida pelo 15º DP, que abriu
inquérito sobre o caso.
"Foi feito exame residuográfico
na mão do policial", disse o delegado Cláudio Kiss. O teste servirá
para procurar vestígios de chumbo, o que indicaria que Cavalcanti
usou a arma.
(MARCELO GODOY)
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|