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Para a polícia, goleiro viu Eliza ser assassinada
Delegado afirma que Bruno assistiu a ex-policial estrangular a ex-amante
Acusado de executar o crime foi preso ontem; ele e o jogador negam as acusações, baseadas em dois depoimentos
Ricardo Cassiano/Folhapress
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Bruno, segurando uma Bíblia, sai da divisão de homicídios
RODRIGO VIZEU
DE BELO HORIZONTE
Para a polícia mineira, o
desaparecimento de Eliza Samudio está esclarecido: o goleiro Bruno Fernandes, 25,
não só soube do sequestro da
ex-amante, como a viu ser estrangulada e morta.
Na versão apresentada pelo delegado Edson Moreira,
Bruno estava na casa de Vespasiano (região metropolitana de BH) em que Eliza foi estrangulada e morta pelo ex-policial Marcos Aparecido
dos Santos, o Bola.
O ex-policial, também conhecido por Neném e Paulista, foi preso ontem. Ele e Bruno negam as acusações.
Além de Bruno, também
estavam no local Luiz Henrique Romão, o Macarrão, funcionário do atleta, e um primo adolescente de Bruno, segundo a polícia.
Os policiais dizem que as
acusações são baseadas nos
depoimentos do adolescente
e de Sérgio Camelo, também
primo de Bruno. Camelo disse à polícia que não estava no
local do crime, mas que ouviu o relato quando os suspeitos voltaram ao sítio.
À polícia do Rio, o menor
disse que Bruno esteve no sítio mas afirmara que ele foi
embora pouco depois. Ontem, em Minas, disse que o
jogador presenciou o crime.
Segundo ele, Camelo também esteve na casa de Bola, o
que é negado por Camelo.
Ontem, a polícia ainda
procurava o corpo de Eliza na
casa de Bola e outros locais.
Mesmo sem achá-lo, "certamente as pessoas envolvidas serão indiciadas e apresentadas à Justiça como autoras desse homicídio e da
ocultação do cadáver", disse
o delegado Wagner Pinto.
A polícia aponta Bola, Bruno, Macarrão e o adolescente
como autores do crime.
CRIME
Segundo a polícia, baseada nos depoimentos de envolvidos e de testemunhas,
Eliza e o filho, que ela dizia
ser de Bruno, chegaram ao sítio de Bruno em Esmeraldas
entre os dias 5 e 6 de junho.
Na viagem, foi agredida
pelo adolescente no veículo
Range Rover de Bruno, dirigido por Macarrão. E foi mantida sob cárcere privado com
o conhecimento dos suspeitos. Dayanne, mulher de Bruno, também estava lá.
No dia 9, suposta data do
crime, Eliza e o bebê foram
levados à casa de Bola. Ela,
segundo a polícia, foi amarrada e estrangulada.
Em seguida, Bola determinou que todos fossem embora para que o corpo fosse desovado. Foi quando o jovem
diz ter visto pedaços de Eliza
serem jogados aos cães.
A polícia diz também que
Macarrão pensou em matar
também o bebê, mas foi impedido por Bruno. E que o jogador foi beber cerveja depois de tudo.
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