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CRIME
Outras 2 vítimas foram achadas sem roupas e PM fará varredura no parque; ação de maníaco é a principal suspeita
Mulheres achadas mortas no parque já são 6
MARCELO GODOY
da Reportagem Local
Outras duas mulheres foram
mortas e deixadas despidas na mata do Parque do Estado (zona sul
de São Paulo). A série de assassinatos já chega a seis -os corpos
de outras quatro foram localizados no sábado e na segunda-feira.
Essas duas outras mulheres foram achadas mortas em janeiro e
em maio, mas só ontem foram relacionadas às outras vítimas. Uma
é a vendedora Raquel Mota Rodrigues, 23. A outra era já uma ossada
quando foi achada em maio e ainda permanece sem identificação.
A principal suspeita do DHPP
(Departamento de Homicídios e
de Proteção à Pessoa) é de que as
mortes dessas mulheres estejam
ligadas e de que exista um único
autor, um maníaco sexual.
Isso porque elas foram mortas
no mesmo lugar, porque seus corpos foram deixados despidos (três
vítimas estavam só com a calcinha
e uma com os sapatos) e por causa
dos sinais de violência sexual.
"Outras possibilidades estão
sendo apuradas", disse o delegado Euclides Batista de Souza, da 1ª
Delegacia do DHPP.
Anteontem à noite, os investigadores conseguiram identificar
uma das quatro mulheres encontradas mortas nos últimos dias no
parque. Ela é a balconista Selma
Ferreira Queiroz, 18.
Ela e a outra mulher identificada
pela polícia eram solteiras. A vendedora Raquel morava no Jabaquara (zona sul) e desapareceu em
10 de janeiro quando foi procurar
emprego em uma loja de móveis
na rua Teodoro Sampaio, em Pinheiros (zona sudoeste).
O corpo só foi encontrado em 29
de janeiro, no interior da mata do
parque. Raquel estava despida assim como a balconista Selma, encontrada no sábado só com os sapatos. Selma morava com os pais
em Cotia (Grande São Paulo) e estava deixando o trabalho em uma
rede de drogarias.
No último dia 3, ela foi ao departamento médico da rede, na avenida Liberdade, na Liberdade (região central), para fazer exames
antes da rescisão contratual.
Saiu de lá às 15h25, pouco antes
do início do jogo do Brasil contra a
Dinamarca. Ia pegar um ônibus
para casa. Não foi mais vista.
Filha de uma dona-de-casa e de
um pedreiro, Selma tinha um namorado em Cotia. A polícia apura
telefonemas com ameaças dados
para a casa da balconista.
Os médicos-legistas já determinaram que ela foi estrangulada.
Estão, agora, atrás de provas da
violência sexual.
Ao lado de Selma, havia o corpo
de outra mulher. Jovem, branca e
com cabelos castanhos, essa mulher tinha os dentes perfeitos.
Ela estava morta havia 15 dias.
Mesmo assim, a polícia conseguiu
parte de suas impressões digitais.
A vítima usava um par de brincos
e uma aliança.
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