ANDRÉA MICHAEL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Justiça, Tarso Genro, elogiou ontem a atuação da Polícia Federal na prisão do traficante colombiano Juan Carlos Ramirez Abadía, anteontem em São Paulo, e afirmou que ela está "no estatuto de qualquer polícia de primeiro nível no mundo".
Tarso explicou que, para prender um dos traficantes mais procurados do mundo, a PF, em cooperação com a DEA, a agência norte-americana de combate ao tráfico de drogas, durante dois anos, fez uma "operação de alta sofisticação de controle de fluxo de recursos e mudanças de identidade".
"É uma polícia relativamente nova, que amadureceu depois de 1988, e alcançou um nível extraordinário, com um grande mérito dos quadros que tem", disse o ministro, ao comentar o assunto, por telefone ontem.
Segundo o ministro, é muito provável que as autoridades da Colômbia ou dos Estados Unidos peçam a extradição de Abadía para que ele cumpra as penas das quais é acusados em ambos os países.
Já tramita no Supremo Tribunal Federal um pedido de prisão, para efeito de extradição, apresentado pelos Estados Unidos, mas ainda não foi apreciado pelo ministro relator do caso, Eros Grau.
Tarso disse também que preferiria não apresentar, neste momento, sua opinião sobre a extradição ou não de Abadía.
"Existe uma norma geral, que pode ser excepcionalizada pelo entendimento do Supremo Tribunal Federal, de que primeiro se deve cumprir a pena pela qual a pessoa é condenada no Brasil", afirmou.


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