São Paulo, quinta-feira, 09 de agosto de 2007

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Mulher sobrevive após ficar 3 h presa em carro esmagado

Fiat Uno estava atrás de um ônibus quando um caminhão desenfreado prensou o veículo; acidente foi em Campinas

Mesmo presa nas ferragens, a assistente administrativa Daniela Pereira Camargo conseguiu telefonar pelo celular para a sua mãe

Gustavo Magnusson/AAN
Automóvel prensado entre um ônibus e um caminhão; motorista teve apenas fratura no pulso


MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS

Mesmo após ter o carro esmagado entre um ônibus e um caminhão e ficar três horas presas nas ferragens, uma mulher de 26 anos conseguiu sair praticamente ilesa do grave acidente ocorrido ontem em Campinas.
A assistente administrativa Daniela Pereira Camargo dirigia um Fiat Uno e aguardava o sinal verde do semáforo atrás de um ônibus quando um caminhão desenfreado prensou o seu carro de forma violenta.
O acidente ocorreu por volta das 18h30, no bairro Jardim das Oliveiras, quando ela havia acabado de sair do trabalho. O espaço onde ficou o carro -entre o ônibus e o caminhão- media cerca de 30 centímetros.
Apesar de presa nas ferragens, ela conseguiu telefonar pelo celular para a sua mãe de dentro do carro. Daniela teve apenas uma fratura no pulso e hematomas na região da bacia. Seu estado de saúde é bom.
"Foi um acidente surpreendente, e o resgate foi muito difícil. Ela nasceu de novo. Além disso, havia o risco de incêndio por causa da gasolina que vazou", disse o tenente do Corpo de Bombeiros Oscar Aoyama, que ajudou no resgate.
Ao menos 30 homens do Corpo de Bombeiros e do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Emergência) trabalharam no resgate. As ferragens tiveram de ser cortadas. Daniela ficou consciente o tempo todo.
Os bombeiros, familiares, médicos e enfermeiros gritavam para que Daniela permanecesse acordada durante o trabalho, dizendo que ela ficasse tranqüila.
O acidente ocorreu na av. Engenheiro Francisco de Paula Souza, sentido bairro-centro. O ônibus que estava à frente dela levava funcionários da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Ninguém se feriu. Um caminhão-betoneira da Concrelongo carregado de concreto causou o acidente.
O motorista do caminhão, Alexsandro Alves, 43, afirmou à polícia que o veículo ficou sem freio. O advogado da Concrelongo, João Marcelo Gritti, disse que o caminhão passou por uma revisão no mês passado e tem cerca de um ano de uso.
Segundo ele, o motorista é experiente. O caminhão, de acordo com Gritti, tem capacidade para carregar até 26 toneladas de concreto e estava com 21 toneladas, além das 12 toneladas de peso próprio.
A mãe de Daniela, Ângela Regina Camargo, 54, disse ter levado um susto quando a filha telefonou. "Quando cheguei ao local e vi o estado do carro fiquei desesperada."


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