São Paulo, segunda-feira, 09 de setembro de 2002

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Consciência ainda é rara entre consumidores

DA REPORTAGEM LOCAL

Onofre Pedroso da Silva, 41, dono de serraria em Itapeva (a 284 km de SP), Armelino Moreira, 48, dono de carvoaria em Ibiúna (a 64 km da capital) e Erik Cesar Momo, 31, dono de pizzaria na cidade de São Paulo.
Em comum, além de usarem madeira em seus negócios, os três têm o fato de realizarem a reposição florestal por meio do Instituto Ecoar e de acreditarem fazer parte ainda de uma minoria.
"A verdadeira consciência ambiental ainda é uma coisa rara no ramo. Enquanto fica só na conversa, todo mundo concorda, mas, na hora de fazer e gastar dinheiro, ninguém quer", afirma Moreira, o dono de carvoaria.
Na sua área de 400 mil mē, ele já tem 70 mil pés de eucalipto e pretende ampliar a plantação.
É na família, ou melhor, no futuro dela, que Silva, dono de serraria, disse ter pensado ao começar a fazer a sua reposição de pinus, três anos atrás. "Não sei se vou chegar a usar os pés que estou plantando agora, mas meus netos, com certeza, vão", afirma.
Como ainda vai esperar pelo menos dez anos para fazer o primeiro corte, Silva compra os 1.200 m3 de madeira (equivalente a 6.000 árvores) que usa por ano de outros produtores. Ele paga de R$ 30 a R$ 35 por metro cúbico.
"Acho que agrega um valor à minha pizza. Seria importante as pessoas saberem quem cumpre a lei, daí elas poderiam escolher consumir um produto que não prejudica o ambiente", afirma Momo, dono de pizzaria. (MV)


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