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Consciência ainda é rara entre consumidores
DA REPORTAGEM LOCAL
Onofre Pedroso da Silva, 41, dono de serraria em Itapeva (a 284
km de SP), Armelino Moreira, 48,
dono de carvoaria em Ibiúna (a 64
km da capital) e Erik Cesar Momo, 31, dono de pizzaria na cidade de São Paulo.
Em comum, além de usarem
madeira em seus negócios, os três
têm o fato de realizarem a reposição florestal por meio do Instituto
Ecoar e de acreditarem fazer parte
ainda de uma minoria.
"A verdadeira consciência ambiental ainda é uma coisa rara no
ramo. Enquanto fica só na conversa, todo mundo concorda,
mas, na hora de fazer e gastar dinheiro, ninguém quer", afirma
Moreira, o dono de carvoaria.
Na sua área de 400 mil mē, ele já
tem 70 mil pés de eucalipto e pretende ampliar a plantação.
É na família, ou melhor, no futuro dela, que Silva, dono de serraria, disse ter pensado ao começar a fazer a sua reposição de pinus, três anos atrás. "Não sei se
vou chegar a usar os pés que estou
plantando agora, mas meus netos, com certeza, vão", afirma.
Como ainda vai esperar pelo
menos dez anos para fazer o primeiro corte, Silva compra os 1.200
m3 de madeira (equivalente a
6.000 árvores) que usa por ano de
outros produtores. Ele paga de R$
30 a R$ 35 por metro cúbico.
"Acho que agrega um valor à
minha pizza. Seria importante as
pessoas saberem quem cumpre a
lei, daí elas poderiam escolher
consumir um produto que não
prejudica o ambiente", afirma
Momo, dono de pizzaria.
(MV)
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