São Paulo, segunda-feira, 09 de setembro de 2002

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Escolas mudam slogan antidrogas

DA REPORTAGEM LOCAL

Em lugar de dizer "não às drogas", dizer "sim à saúde". Este é o conceito que norteia a política de prevenção às drogas que vem sendo construída por representantes de mais de 50 escolas públicas e privadas de São Paulo, do interior e de outros Estados.
No sábado, eles estiveram reunidos no 1º Fórum entre Escolas, um programa coordenado pelo Grupo de Estudos de Álcool e Drogas (Grea) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas.
O encontro, que aconteceu no colégio Santo Américo e teve a participação das principais escolas paulistanas, tem o apoio da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) e da Sociedade Brasileira de Psiquiatria.
A partir dos programas que dez escolas já vêm implantando, o fórum extraiu pontos em comum, soluções e dificuldades. A idéia é colocar o documento final em debate pela internet até o próximo encontro no ano que vem, que avaliará os resultados práticos.
"A proposta não é trabalhar a droga propriamente dita, mas os cuidados com a saúde e a qualidade de vida", diz a psiquiatra Sandra Scivoletto, coordenadora do fórum e do Grea.
Os pontos principais da proposta são: capacitação da equipe, diagnóstico da realidade de cada escola, participação da comunidade escolar, parceria com os pais, integração de todas as disciplinas, trabalho contínuo e avaliações frequentes.
Caberá a cada escola adaptar esses pontos à sua realidade. No caso de alunos usando drogas, a sugestão é que cada caso tenha uma condução individualizada. Em alguns casos, a transferência para outra escola pode ser uma forma de não estigmatizar o aluno.
"A escola precisa determinar um limite, preservando o coletivo", diz Sandra. "Não há escola que não tenha problema com droga. Enquanto a escola não assumir isso, não vai conseguir trabalhar a questão." (AB)


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