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Alunos terão de escrever carta ao MEC
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A principal característica do
programa de erradicação do analfabetismo do governo federal, o
Brasil Alfabetizado, é o fato de os
alunos serem avaliados ao final do
curso. Além disso, há programas
de apoio para quem terminou o
curso, mas não pretende continuar a estudar.
A avaliação será feita a partir de
uma espécie de diário que os educadores terão de fazer, no qual
descreverão o desempenho de cada aluno a cada 40 horas de aula.
No final do curso, a instituição
responsável pelo programa só receberá o último repasse de recursos do governo depois que cada
aluno enviar uma carta ao MEC
(Ministério da Educação).
Recebida a correspondência, o
ministério tem dez dias para verificar a existência do estudante no
cadastro nacional do programa.
Será escolhido aleatoriamente
um percentual de alunos para fazer um cruzamento entre a carta
enviada ao ministério e as informações contidas no diário de
classe do alfabetizador. O objetivo
é comparar se a qualidade do texto é compatível com o que ele
aprendeu.
O governo vai repassar às instituições conveniadas com o Ministério da Educação R$ 15 mensais
por aluno e recursos para capacitar os alfabetizadores.
No primeiro momento, não há
um método específico para os
cursos. O governo está recomendando que eles tenham 260 horas
de duração, divididas em seis meses de aulas.
Metas
Neste primeiro ano, o MEC
quer alfabetizar 2 milhões de pessoas com uma verba de R$ 170
milhões. Mais 1 milhão será alfabetizado com dinheiro de empresas, governos estaduais e prefeituras que já entraram no programa
-39 já aderiram.
De acordo com o o planejamento, em 2004 serão alfabetizadas 6
milhões de pessoas. A meta se
mantém a mesma em 2005 e cai
para 5 milhões, em 2006.
No caso dos programas de
apoio, o objetivo é fazer com que
os alunos que não queiram permanecer em sala de aula mantenham o contato com a leitura e a
escrita para não perder os conhecimentos adquiridos.
O Brasil Alfabetizado conta com
três programas de apoio para alunos que não queiram ou não possam continuar a estudar: "Agentes de Leitura", "Meu Primeiro Livro", "Bibliotecas Domiciliares" e
"Cesta Ilustrada".
Os agentes de leitura são carteiros que vão entregar clássicos da
literatura adaptados para recém-alfabetizados. As grávidas inscritas no programa de alfabetização
vão participar do "Meu Primeiro
Livro", que dará um livro para o
bebê.
Por meio das "Bibliotecas Domiciliares", o governo vai montar
uma coleção de 150 livros em uma
das casas de cada comunidade cadastrada no programa.
Cesta básica
Já o ""Cesta Ilustrada" ainda está
em fase de estudo pela Casa Civil.
A princípio, um decreto presidencial vai obrigar União, Estados e
municípios a fornecer um livro
em cada cesta básica distribuída
às famílias pobres.
Para se ter uma idéia de preços,
o governo federal compra lotes de
4 milhões de livros a um preço
que varia entre R$ 0,30 e R$ 0,40 a
unidade.
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