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FERIADO TRÁGICO
Diretor do Instituto de Criminalística afirma que é possível que não se descubra causa da tragédia
Alta velocidade e freada não causaram
acidente, diz Instituto de Criminalística
da Reportagem Local
O Instituto de Criminalística
(IC) descartou a hipótese de o acidente ter sido causado por excesso
de velocidade do caminhão ou por
uma freada brusca causada, por
exemplo, após uma fechada de um
outro veículo.
Segundo o diretor do IC, Valdir
Santoro, não há marcas de pneu
na estrada e o local do acidente,
uma subida, não permitiria ao caminhão atingir alta velocidade.
"O veículo estava carregado e em
um aclive. Não dá para falar em
alta velocidade", disse.
Segundo Santoro, o laudo sobre
o acidente, que deve reconstituir
tudo o que ocorreu na madrugada
da tragédia, deve ficar pronto em
até 20 dias, mas é possível que não
esclareça as causas do desastre.
"Por causa das condições em
que ficaram os veículos, principalmente o caminhão, é possível que
não se chegue à causa do acidente", disse Santoro.
O fogo destruiu completamente
o caminhão. Entre as pistas que
foram inutilizadas para a perícia
estão o tacógrafo, que registra a
velocidade ao longo da viagem, o
sistema de freios, que poderia indicar um defeito, e o estado de
conservação dos pneus, completamente consumidos pelo incêndio.
O diretor do IC afirmou ser possível que o motorista do caminhão
tenha dormido ao volante e saído
da estrada. "Mas, se foi isso que
aconteceu, nunca vamos saber."
Restou pouco material para o IC
examinar, disse Santoro. Será analisado o tanque de combustível
que o caminhão transportava e
que continha 6 mil litros de gasolina e 26 mil litros de óleo diesel.
O exame pretende descobrir se o
impacto foi maior que a capacidade de resistência do tanque ou se
ele estava em más condições.
Além disso, os peritos fizeram
fotos do local do acidente de vários ângulos para determinar a
trajetória dos veículos.
A hipótese de alta velocidade foi
descartada também pela Polícia
Militar Rodoviária. Segundo o capitão Valdeci Donizete Coleta, comandante da Polícia Rodoviária
de Rio Claro, nunca houve acidente naquele trecho da estrada. Coleta trabalha no local há nove anos.
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