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MEIO AMBIENTE
Ibama ainda não sabe a proporção do fogo no local e não tem nenhum grupo de combate na região
Incêndio atinge reserva indígena no MT
JAIRO MARQUES
da Agência Folha
Um início de incêndio foi detectado ontem na área da reserva indígena dos enawene-nawe, a noroeste de Mato Grosso, quase divisa com Rondônia, onde vivem 300
índios.
O Ibama (Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis) ainda não
sabe dizer qual a proporção do incêndio e nenhum grupo de combate ao fogo está na reserva.
O órgão responsável pelos índios
na região, a Opan (Operação
Amazônia Nativa), informou que
os focos são em áreas de pastagens
e não colocam as aldeias em perigo por enquanto. Por isso, nenhum tipo de operação de emergência foi montado.
"Há três dias não temos informação dos enawenes, mas se houvesse alguma situação de risco já
saberíamos", disse Ivar Busatto,
da coordenação do órgão.
Focos de calor, que não significam necessariamente incêndios,
aparecem também nas reservas indígenas de Juína e Aripuanã (áreas
da floresta, no norte do Estado).
"Recebemos hoje informações
que começou a chover em Juína o
que diminui muito o problema de
incêndios no local, mas ainda assim estamos atentos para eventuais problemas na área", disse
João Antônio Raposo, coordenador de monitoramento do Proarco
(Programa de Prevenção e Controle às Queimadas e aos Incêndios Florestais no Arco do Desflorestamento na Amazônia).
O fogo continua destruindo a
mata do mamão, porção norte da
ilha do Bananal, em Tocantins.
Mais de 60 homens, entre eles a
força-tarefa de Brasília, trabalham
no local para conter as labaredas.
Ontem, dois helicópteros da
FAB (Força Aérea Brasileira), começaram a operar no local fazendo o deslocamento de tropas para
as proximidades do fogo.
Eles estão preparados, se for necessário, para jogar água por cima
das copas das árvores.
O que preocupa os combatentes
do incêndio florestal é a dificuldade de acesso à mata e a força de
propagação das chamas.
"Os homens estão lutando para
controlar a situação", disse a superintende do Ibama em Tocantins, Inácia Coelho.
Animais lentos como jabotis,
tartarugas e filhotes de ema estão
sendo carbonizados, informou a
coordenação da Fundação de
Meio Ambiente do Tocantins. A
mata é refúgio natural de cervos,
pássaros e macacos, todos ameaçados pelo fogo. O governador do
Mato Grosso, Dante de Oliveira,
esteve na ilha ontem para saber
como está a situação.
Rondônia registra focos de queimadas no município de Costa
Marques, mas os fiscais do Ibama
acreditam que, até amanhã, tudo
já esteja controlado, pois começou
a chover no Estado.
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