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MONGAGUÁ
Polícia investiga a prisão
Rapazes mortos foram vistos em DP com PMs
DA REPORTAGEM LOCAL
Um policial militar pesquisou
no 1º DP de Mongaguá os antecedentes criminais dos dois rapazes
encontrados mortos em uma cova improvisada no litoral de São
Paulo, antes do desaparecimento
deles, sem, contudo, apresentá-los ao delegado de plantão para
registro de ocorrência.
Às 23h40 da sexta-feira 27 de setembro, um PM entrou na delegacia com os nomes dos suspeitos e
seus respectivos números de
identidade anotados em um pedaço de papel.
Verificou os antecedentes de
um deles, porque o outro era adolescente, e partiu.
Esse é o último registro sobre
Celso Gioeilli Magalhãs Júnior,
20, e Anderson do Carmo, 17, cujos corpos foram encontrados oito dias depois pela polícia, coberto de cal, em decomposição e com
marcas de tiros, à beira de uma estrada na zona rural de Itanhaém.
O relatório da conduta dos policiais foi feito pela Polícia Civil e
integra o inquérito aberto para investigar o duplo assassinato.
Os amigos haviam sido detidos
para averiguação em uma casa
noturna por um soldado e um cabo da PM, ambos fardados, segundo testemunhas. Em seguida,
eles teriam passado pela delegacia
e aguardado do lado de fora.
Para a Corregedoria da PM, que
investiga o caso, as provas contra
os dois policiais militares são
"bastante contundentes".
Segundo o coronel Paulo Máximo, corregedor-adjunto da corporação, os dois teriam agido como "justiceiros".
Segundo a polícia, foi encontrada cal na casa dos dois policiais
acusados pelas mortes. O material
será examinado para determinar
se é do mesmo tipo que cobria os
corpos dos dois rapazes.
Em depoimento, o cabo Miranda e o soldado Silvio, que estão
presos, negaram o crime. Segundo eles, os dois rapazes foram liberados ainda na delegacia.
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