São Paulo, sábado, 09 de outubro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Suspeito de matar menina no ABC é preso

DO "AGORA"

A Justiça decretou a prisão preventiva de um homem suspeito de ter matado a menina Emile Perez de Souza, em Rio Grande da Serra (ABC paulista). Acusado de tentar estuprar uma adolescente em Ribeirão Pires (ABC) em setembro, ele foi detido anteontem.
O delegado Luiz Parizotto disse que o rapaz negou, em depoimento, ter matado Emile, que tinha 10 anos. Apesar disso, a polícia investiga o fato de o suspeito morar perto de onde o corpo da menina foi encontrado, anteontem. "Vamos investigá-lo melhor, pois sabemos que ele conhecia a vítima."
No local em que Emile foi achada, foram encontrados papéis de bala e um boné.
Nilson Gonçalves de Souza, 40, pai da vítima e candidato derrotado a vice-prefeito de Rio de Grande da Serra disse ontem acreditar que a morte de sua filha possa ter ocorrido para prejudicá-lo na eleição de domingo passado, dia em que a menina desapareceu.
Antes do enterro de Emile, que reuniu cerca de 6.000 pessoas no Cemitério Municipal, Gonçalves falou em um carro de som e pediu paz aos moradores da cidade.
O político disse estar indignado com a violência usada contra a filha. Segundo ele, Emile apresentava marcas de queimadura e de espancamento. O laudo necroscópico ficará pronto em dez dias.
Gonçalves criticou a Polícia Civil e disse apoiar a entrada da Polícia Federal. "O que mais me assusta é a forma com que as autoridades agiram. Precisaram de 24 horas para tomar uma ação."
Walmir Moisés, assessor do ministro José Dirceu (Casa Civil), acompanhou o enterro. "O ministro ficou chocado com o crime e ligou para o governador Geraldo Alckmin para colocar a Polícia Federal à disposição", disse.


Texto Anterior: Bando assalta condomínio no Morumbi
Próximo Texto: Letras jurídicas - Walter Ceneviva: Segundo turno rico no país pobre
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.