DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) passou um alerta a cem hospitais de grande porte e médicos ligados à AMB (Associação Médica Brasileira) para que notifiquem casos de morte possivelmente relacionados ao uso de Vioxx.
A venda do medicamento foi suspensa, pois a empresa verificou que poderia causar riscos cardiovasculares, como ataque cardíaco e derrame, em caso de uso contínuo por mais de 18 meses.
A AMB, que possui cerca de 99 mil médicos associados, e os hospitais fazem parte da rede de farmacovigilância da Anvisa. Os médicos e instituições podem notificar casos antigos ou mesmo os que vieram a acontecer. Segundo a Anvisa, todos os relatos serão investigados.
Até o momento, a agência não recebeu nenhum caso relacionado ao Vioxx, que foi lançado nos EUA em 1999 e comercializado em mais de 80 países.

Reembolso
Começou ontem o reembolso, por drogarias de todo o país, aos consumidores que queiram devolver comprimidos de Vioxx.
A reportagem da Folha visitou na tarde de ontem dez farmácias nos bairros de Higienópolis e Santa Cecília (zona oeste de São Paulo) e na maioria delas -oito- o reembolso estava sendo feito. Nas outras duas -drogarias Nebraska e Farma&Cia-, os atendentes afirmaram estar aguardando um posicionamento do laboratório para saber como proceder.
A Merck Sharp & Dohme, fabricante do medicamento, divulgou ontem que a devolução do dinheiro será feita com a apresentação do remédio, de preferência com nota fiscal e na drogaria onde foi comprado. Também é possível pedir reembolso diretamente à empresa (telefone 0800-122232).
Nas redes Raia, Onofre, Drogão, Farmax, Drogasil, São Paulo e São Carlos, o consumidor não precisa levar nota fiscal, basta que tenha feito a compra na mesma farmácia onde vai ser feito o reembolso.


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