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EDUCAÇÃO
Pesquisadores atacam adoção do ensino de crença no Rio
Cientistas de oito países criticam difusão de criacionismo em escolas
SALVADOR NOGUEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A adoção do ensino do criacionismo -crença segundo a qual o
mundo foi criado conforme o relato bíblico- nas escolas estaduais do Rio de Janeiro está gerando reclamações até na esfera
internacional. Pesquisadores de
oito países se reuniram em Manaus, no final de setembro, e redigiram uma carta aberta de protesto, pedindo até mesmo a mobilização das autoridades federais
para reverter a decisão estadual.
Os cientistas estavam reunidos
para um colóquio sobre a história
do darwinismo, evento que ocorre a cada três anos num país diferente. "Houve muita conversa sobre os planos da governadora do
Rio [Rosinha Matheus] de colocar
o criacionismo nas escolas -aparentemente por decisão executiva, não por uma instrução do legislativo", afirma Thomas Glick,
historiador da Universidade de
Boston e um dos dois representantes dos EUA na reunião.
O evento teve cientistas provenientes da Espanha, de Cuba, da
Itália, da Colômbia, do México,
do Uruguai e do Brasil.
"Redigimos uma carta de protesto, que foi assinada para todos
os participantes", complementa.
O documento ainda não foi enviado a nenhuma autoridade,
mas os pesquisadores já estão fazendo sua distribuição pública.
Em defesa da decisão da governadora Rosinha, Claudio Mendonça, secretário de Educação do
Estado do Rio, tem alegado que o
governo só está cumprindo determinação constitucional, ao introduzir o ensino religioso.
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