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Força-tarefa já resgatou 129 das 154 vítimas
JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PEIXOTO
DE AZEVEDO
A força-tarefa da Aeronáutica e Exército já havia
resgatado até o final da
tarde de ontem 129 das 154
vítimas do acidente.
Ontem, nove jornalistas
fizeram um sobrevôo de
20 minutos na área do acidente a bordo de um helicóptero Super Puma.
No trajeto, mal dava para ver rios e igarapés que
cortavam a floresta densa.
A mais ou menos três minutos da grande clareira
-onde estão o trem de
pouso e as asas-, já era
possível avistar pedaços
de assento nas copas das
árvores, algumas com até
40 metros de altura.
No total, foram abertas
cinco clareiras, uma
maior, para pouso de helicópteros, e outras cinco
menores, para retirada de
destroços e de corpos.
Ao pousar na clareira
maior, intensificava-se o
mau cheiro. Todos, inclusive os jornalistas, usavam
pomada Vick Vaporube
nas narinas. O calor e a
umidade são intensos. Some-se a isso o constante
ataque de abelhas.
Ontem, chegaram à base
aérea da serra do Cachimbo mais 80 homens do
Exército, que vão se juntar
hoje à equipe de resgate.
Enterro
Peritos reconheceram,
até o final da tarde de ontem, 61 dos 87 corpos que
chegaram ao IML.
Até ontem, 31 corpos já
haviam sido retirados do
IML para enterro. O piloto
do avião, Décio Chaves Junior, 44, foi enterrado no
Cemitério Campo da Esperança, em Brasília, no final da manhã de ontem.
Cerca de 300 pessoas
acompanharam o funeral.
Emocionados, familiares e amigos leram a "prece dos Aviadores". Dedicada a Nossa Senhora do Loreto, padroeira da categoria, um dos trechos da prece diz: "Em vós depositamos a nossa confiança. Sabemos a quantos perigos
se expõe a nossa vida".
Colaborou a Sucursal de Brasília
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