|
Texto Anterior | Índice | Comunicar Erros
O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.
por aí
Moradores realizam projeto de praça no Alto de Pinheiros
"Uma maravilha", exclama Maria Aparecida Brandão, 61, ao ver pela primeira
vez a planta com o projeto
para a praça Paulo Schiesari,
em frente à sua casa, no Alto
de Pinheiros.
Ela e seus vizinhos discutiram juntos, em atividades no
local, o que queriam para o
espaço, de 1.325 m2. Fizeram
um projeto e conseguiram
aprovar verba municipal para que ele seja executado pela Subprefeitura da Lapa.
Ricardo Ferraz, 35, um dos
moradores mais empolgados, faz uma brincadeira sobre o abandono do lugar:
"Ninguém usa porque é malcuidada ou é malcuidada
porque ninguém usa?"
O arquiteto Eduardo Martini, que coordenou o projeto
de revitalização das margens
do rio Piracicaba, foi aos encontros e virou colaborador.
"Conseguimos unir três
públicos que não conversavam: as pessoas do condomínio, os moradores e a escola", disse Martini.
Nessas conversas, durante
quase um ano de encontros,
o projeto amadureceu. O
maior problema apontado foi
falta de iluminação na parte
de baixo da praça. Segundo
os moradores, traficantes escondem drogas ali.
Também existe dificuldade de acesso. A praça fica em
área íngreme e só há entradas por cima, o que diminui a
circulação, a ocupação e, como resultado, a segurança.
Como a legislação prevê
que o entorno de escolas -há
uma em frente- seja seguro,
os moradores tiveram argumento para obter R$ 60 mil
do orçamento. A ideia surgiu
em uma reunião com o conselho de segurança local.
Outra necessidade apontada pelos moradores foi a diversidade de usos.
Hoje, os únicos equipamentos da praça são dois
parquinhos e alguns bancos.
Os moradores querem remover o parquinho da área de
baixo da praça para convivência e instalação futura de
equipamentos para idosos e
adolescentes.
A Subprefeitura da Lapa
informa que a verba já foi
destinada e que a reforma deve começar já neste ano.
(VC)
SÓ DESCOBRI AGORA
Café para apreciar doces sírios e vista da rua 25 de Março
Nem o mar de gente da rua
25 de Março, no centro, assusta Patrícia Luize Silveira,
29. Afinal, lá estão os tecidos
que, nas mãos de sua mãe, se
transformam no figurino de
suas aulas de teatro.
O que ela não sabia era que
é possível escapar da confusão e, com uma vista privilegiada da via, apreciar um chá
e degustar doces sírios.
"Eu já estive na loja, mas
nunca imaginei que pudesse
ter um lugar como esse", disse, na sacada do nono andar
da Niazi Chohfi, onde há três
meses funciona um café
-outro, igual, está poucos
números acima há um ano.
"Clientes dizem que é como um oásis, que nem parece a 25", contou Solange
Chohfi, diretora da octogenária loja de produtos têxteis na
região central.
Além da vista, o espaço
tem também sabores para todos os gostos -de sorvetes
sofisticados aos mais conhecidos, passando por doces,
pães de queijo e expressos.
Seguindo a tradição da 25,
o café também tem suas promoções. Vende, por exemplo, três doces sírios por R$ 5.
NIAZI CAFÉ
Rua 25 de Março, 607, 9º andar
HORÁRIO 7h30 às 18h (2ª a sáb.)
NÃO É POR AÍ
POÇO É ABERTO, MAS FAMÍLIAS FICAM SEM ÁGUA
"Muitas crianças daqui
têm verminoses, e já houve
surtos de hepatite", queixa-se Maria Lúcia Cirilo, líder comunitária em Marsilac (zona
sul). Mesmo com um poço
aberto no bairro, as famílias
não têm água encanada.
"Gasto R$ 50 por mês comprando água para beber e cozinhar", diz Maria Lúcia.
Construído em 2004 pela
Sabesp (empresa de saneamento) para abastecer 200
casas, o poço está inativo.
Segundo a empresa, pelo
fato de o bairro estar em uma
área de proteção ambiental,
é necessário haver um sistema individual de tratamento
de esgoto antes que se inicie
a distribuição de água, para
evitar contaminação.
A Sabesp afirma ter encaminhado os projetos de implantação de tratamento de
água, rede de distribuição e
construção de fossas sépticas
para a Cetesb (Companhia
Ambiental do Estado de SP) e
que iniciará as obras quando
for autorizada.
A companhia confirma ter
recebido um pedido de licença prévia no mês passado.
Ainda não há prazo para a
decisão, pois foram solicitadas mais informações sobre o
projeto para uma análise definitiva do caso.
BICHOS
Injeção surge como opção para castrar cães
Depois de alguma resistência, a castração química
de cães machos começa a caminhar no Brasil. No processo, substância é aplicada nos
testículos para inibir a produção de espermatozoides.
Veterinários e ONGs questionavam a utilização do Infertile, único produto autorizado pelo Ministério da Agricultura. As dúvidas eram sobre dor e efeitos colaterais.
Um estudo da Unesp, porém,
mostrou vantagens.
"No experimento, verificamos que a castração química
é menos dolorosa que a cirurgia", disse a veterinária Denise Rodrigues, doutoranda
em anestesia pela Unesp.
Parecer do Conselho Regional de Medicina Veterinária também foi favorável.
"O procedimento ambulatorial é um facilitador e pode
ajudar nas campanhas municipais", afirmou Marcos
Ciampi, presidente da ONG
ARCA Brasil, que defende a
castração como forma de
controle da natalidade.
DOCUMENTÁRIO
"Silvestre Não É Pet!"
quer sensibilizar cidade
Desenvolvido para a campanha de mesmo nome, lançada
por ONGs de todo o país, o documentário narra, sob o ponto
de vista dos bichos, seus papéis na natureza. O vídeo está
sendo exibido em escolas. A
criação é da Sociedade Zoófila
Educativa (wspabrasil.org)
Por ALESSANDRA BALLES, com ADRIANO BRITO, VANESSA CORREA E SAMIA MAZZUCCO
Texto Anterior: Famílias sem teto reivindicam terreno em Taboão da Serra Índice | Comunicar Erros
|