São Paulo, sábado, 09 de outubro de 2010

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por aí

Moradores realizam projeto de praça no Alto de Pinheiros

"Uma maravilha", exclama Maria Aparecida Brandão, 61, ao ver pela primeira vez a planta com o projeto para a praça Paulo Schiesari, em frente à sua casa, no Alto de Pinheiros.
Ela e seus vizinhos discutiram juntos, em atividades no local, o que queriam para o espaço, de 1.325 m2. Fizeram um projeto e conseguiram aprovar verba municipal para que ele seja executado pela Subprefeitura da Lapa.
Ricardo Ferraz, 35, um dos moradores mais empolgados, faz uma brincadeira sobre o abandono do lugar: "Ninguém usa porque é malcuidada ou é malcuidada porque ninguém usa?"
O arquiteto Eduardo Martini, que coordenou o projeto de revitalização das margens do rio Piracicaba, foi aos encontros e virou colaborador.
"Conseguimos unir três públicos que não conversavam: as pessoas do condomínio, os moradores e a escola", disse Martini.
Nessas conversas, durante quase um ano de encontros, o projeto amadureceu. O maior problema apontado foi falta de iluminação na parte de baixo da praça. Segundo os moradores, traficantes escondem drogas ali.
Também existe dificuldade de acesso. A praça fica em área íngreme e só há entradas por cima, o que diminui a circulação, a ocupação e, como resultado, a segurança.
Como a legislação prevê que o entorno de escolas -há uma em frente- seja seguro, os moradores tiveram argumento para obter R$ 60 mil do orçamento. A ideia surgiu em uma reunião com o conselho de segurança local.
Outra necessidade apontada pelos moradores foi a diversidade de usos.
Hoje, os únicos equipamentos da praça são dois parquinhos e alguns bancos. Os moradores querem remover o parquinho da área de baixo da praça para convivência e instalação futura de equipamentos para idosos e adolescentes.
A Subprefeitura da Lapa informa que a verba já foi destinada e que a reforma deve começar já neste ano. (VC)

SÓ DESCOBRI AGORA

Café para apreciar doces sírios e vista da rua 25 de Março

Nem o mar de gente da rua 25 de Março, no centro, assusta Patrícia Luize Silveira, 29. Afinal, lá estão os tecidos que, nas mãos de sua mãe, se transformam no figurino de suas aulas de teatro. O que ela não sabia era que é possível escapar da confusão e, com uma vista privilegiada da via, apreciar um chá e degustar doces sírios. "Eu já estive na loja, mas nunca imaginei que pudesse ter um lugar como esse", disse, na sacada do nono andar da Niazi Chohfi, onde há três meses funciona um café -outro, igual, está poucos números acima há um ano. "Clientes dizem que é como um oásis, que nem parece a 25", contou Solange Chohfi, diretora da octogenária loja de produtos têxteis na região central. Além da vista, o espaço tem também sabores para todos os gostos -de sorvetes sofisticados aos mais conhecidos, passando por doces, pães de queijo e expressos. Seguindo a tradição da 25, o café também tem suas promoções. Vende, por exemplo, três doces sírios por R$ 5.

NIAZI CAFÉ

Rua 25 de Março, 607, 9º andar
HORÁRIO 7h30 às 18h (2ª a sáb.)

NÃO É POR AÍ
POÇO É ABERTO, MAS FAMÍLIAS FICAM SEM ÁGUA

"Muitas crianças daqui têm verminoses, e já houve surtos de hepatite", queixa-se Maria Lúcia Cirilo, líder comunitária em Marsilac (zona sul). Mesmo com um poço aberto no bairro, as famílias não têm água encanada.
"Gasto R$ 50 por mês comprando água para beber e cozinhar", diz Maria Lúcia.
Construído em 2004 pela Sabesp (empresa de saneamento) para abastecer 200 casas, o poço está inativo.
Segundo a empresa, pelo fato de o bairro estar em uma área de proteção ambiental, é necessário haver um sistema individual de tratamento de esgoto antes que se inicie a distribuição de água, para evitar contaminação.
A Sabesp afirma ter encaminhado os projetos de implantação de tratamento de água, rede de distribuição e construção de fossas sépticas para a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de SP) e que iniciará as obras quando for autorizada.
A companhia confirma ter recebido um pedido de licença prévia no mês passado. Ainda não há prazo para a decisão, pois foram solicitadas mais informações sobre o projeto para uma análise definitiva do caso.

BICHOS

Injeção surge como opção para castrar cães

Depois de alguma resistência, a castração química de cães machos começa a caminhar no Brasil. No processo, substância é aplicada nos testículos para inibir a produção de espermatozoides.
Veterinários e ONGs questionavam a utilização do Infertile, único produto autorizado pelo Ministério da Agricultura. As dúvidas eram sobre dor e efeitos colaterais. Um estudo da Unesp, porém, mostrou vantagens.
"No experimento, verificamos que a castração química é menos dolorosa que a cirurgia", disse a veterinária Denise Rodrigues, doutoranda em anestesia pela Unesp.
Parecer do Conselho Regional de Medicina Veterinária também foi favorável.
"O procedimento ambulatorial é um facilitador e pode ajudar nas campanhas municipais", afirmou Marcos Ciampi, presidente da ONG ARCA Brasil, que defende a castração como forma de controle da natalidade.

DOCUMENTÁRIO

"Silvestre Não É Pet!" quer sensibilizar cidade

Desenvolvido para a campanha de mesmo nome, lançada por ONGs de todo o país, o documentário narra, sob o ponto de vista dos bichos, seus papéis na natureza. O vídeo está sendo exibido em escolas. A criação é da Sociedade Zoófila Educativa (wspabrasil.org)

Por ALESSANDRA BALLES, com ADRIANO BRITO, VANESSA CORREA E SAMIA MAZZUCCO



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