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Gráfica diz que erro ficou dentro da normalidade
Para ministério, problema não afetará outros contratos com a pasta
Empresa deverá ser confirmada hoje como
a responsável pela impressão de outra prova feita pelo MEC
FÁBIO TAKAHASHI
DE SÃO PAULO
A gráfica que errou a impressão de parte das provas
do Enem será a responsável
por mais um exame, pelo menos, do Ministério da Educação neste ano -o Enade, que
avalia universitários e é um
dos instrumentos utilizados
para fiscalizar as faculdades.
Além disso, hoje deverá
ser confirmado que a gráfica
RR Donnelley imprimirá um
terceiro exame do ministério,
o Encceja, que dá diploma a
pessoas com idade acima do
ideal para o ensino fundamental ou médio.
Ontem, a empresa ofereceu o melhor preço na disputa pelo Encceja. O resultado
deve ser confirmado hoje.
O MEC informou que o problema no Enem não influenciará a escolha da gráfica para os seus outros exames, feita por pregão.
Para a pasta, não cabe sanção à gráfica, pois ela se dispôs a ajudar na solução dos
problemas no Enem. Ontem,
a empresa disse que houve
erro de impressão em 21 mil
das 10 milhões de provas. A
falha ocorreu porque, para
garantir a segurança do processo, não era permitido checar a prova impressa.
AUDITORIA
Um ex-funcionário da RR
Donnelley foi o responsável
por uma auditoria externa
que deu aval à empresa para
imprimir o Enem. A verificação é exigência contratual.
Fernando Bebiano foi gerente da gráfica por 20 anos.
Saiu em 2007. Há três meses,
assinou parecer da Associação Brasileira de Tecnologia
Gráfica que assegurou que a
empresa tinha condições de
imprimir a prova com segurança e sigilo. A associação
foi escolhida pelo MEC.
As entidades não retornaram os pedidos de entrevista
feitos ontem pela Folha. O
auditor não foi localizado.
"Até que ponto houve distanciamento para a análise?", questionou o presidente da Comissão de Estudos da
Concorrência e Regulação
Econômica da OAB-SP,
Eduardo Caminati Anders.
Docente de direito administrativo da PUC-SP, Márcio
Cammarosano diz que se não
há mais vínculo do auditor
com a antiga empresa não há
ilegalidade. "Por zelo, eu não
contrataria auditor que já tenha atuado na auditada."
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