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OUTRO LADO
Recebemos obras em consignação, diz empresário
DE SÃO PAULO
O empresário Felipe Carvalho, filho do dono da loja
em que a polícia apreendeu
15 obras de Aldemir Martins
suspeitas de serem falsas, diz
que não tem responsabilidade pelos trabalhos.
"A galeria não pode ter responsabilidade por obras que
recebeu em consignação.
Não somos bandidos. Não temos envolvimento nas falsificações", afirma.
Ele diz que não poderia
suspeitar das obras que recebeu porque todas tinham
atestado de autenticidade,
com a assinatura do artista
reconhecida em cartório.
Segundo Carvalho, não
tem fundamento a avaliação
de Pedro Martins, de que as
obras eram vendidas por preços muito abaixo daqueles
praticados por outros galerias. "Seguimos o mercado."
Ele diz não saber quem
deixou as obras na loja. Carvalho afirmou que seu pai explicaria a origem das obras,
mas a Folha não conseguiu
localizá-lo ontem.
O advogado da Valoart, José Luiz de Oliveira Lima, diz
que a galeria recebeu duas
obras suspeitas no final do
ano passado e pediu ao Ateliê Aldemir Martins que as
avaliasse.
Como não eram autênticas, não foram revendidas.
"A galeria também foi vítima
do falsificador", diz Lima.
O advogado diz que se alguma obra não autêntica de
Aldemir tenha sido vendida
pela Valoart, a galeria irá ressarcir o comprador.
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