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JUSTIÇA
Professora quer receber R$ 300 mil
Sócia da Escola Base pede indenização
da Reportagem Local
A professora Paula Alvarenga,
uma das sócias da Escola Base,
protocolou ontem no Palácio dos
Bandeirantes um pedido administrativo para que o governador
Mário Covas (PSDB) pague a ela
uma indenização de R$ 300 mil.
Para ser aceito, o pedido depende apenas de uma decisão de Covas, dispensando todos os trâmites de um processo judicial.
O advogado que defende Paula,
Laércio José dos Santos, argumenta que ela tem o mesmo direito dos outros donos da escola, já
que foi prejudicada da mesma
maneira pelas falsas denúncias de
abuso sexual contra alunos da escola, que funcionava na Aclimação (região central de São Paulo).
Na semana passada, a 8ª Câmara de Direito Público do Tribunal
de Justiça de São Paulo condenou
o Estado a pagar R$ 300 mil de indenização ao casal Icushiro Shimada e Maria Aparecida Shimada, sócios de Paula na escola.
A indenização também beneficia Maurício Alvarenga, ex-marido de Paula, que trabalhava como
perueiro na escola.
A Justiça também condenou o
delegado Edélcio Lemos, responsável pela divulgação do caso à
imprensa, a pagar R$ 10 mil ao casal e a Alvarenga.
A decisão judicial foi publicada
ontem no "Diário Oficial".
O caso da Escola Base ocorreu
em 94. Os donos da escola e dois
pais de alunos foram acusados de
abusar sexualmente de alunos. Os
pais chegaram a ser presos. Exames médicos mostraram que não
houve abuso e os pais foram soltos. Mas, mesmo com a retratação, a sede da escola foi destruída
e seus donos não puderam voltar
a trabalhar com educação.
Segundo o advogado Santos,
Paula não entrou na ação em conjunto com os sócios porque estava
"abalada emocionalmente" com
o caso e queria apenas esquecer o
episódio da Escola Base.
"Agora ela sente que foi prejudicada e quer uma reparação. Se entrar agora na Justiça, o julgamento vai levar pelo menos cinco
anos. Por isso, pedi administrativamente para o governador pagar
a mesma indenização", explicou
Santos. "É um pedido justo e o governador é uma pessoa justa."
O governo do Estado só irá se
manifestar após receber a notificação oficial do requerimento
protocolado pelo advogado, o que
não havia acontecido até a noite
de ontem.
(OTÁVIO CABRAL)
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